A Guiné-Bissau, na rota da droga
O assassinato de Nino Vieira recentrou alguma atenção pública na questão do narcotráfico que usa a Guiné-Bissau como plataforma de colocação da droga na África Ocidental e nos territórios que se situam a norte dela.
Segundo o conhecimento anterior sobre esta matéria, é provável que Nino Vieira tivesse compromissos fortes com narcotraficantes latino-americanos. O Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, que Nino Vieira teria mandado assassinar horas antes de ele próprio ser morto como retaliação, far-lhe-ia frente com outros militares não conformados, como parte significativa dos guineenses, com o entrave ao desenvolvimento a que poderes controlados pelo narcotráfico querem manter alguns países africanos para obter melhores condições para o prosseguir da sua actividade criminosa. Quando o Primeiro-Ministro guineense se referiu às chefias militares como “patriotas” teria certamente esta avaliação presente.
Insisto que o que refiro carece de confirmação. Não me conformo com uma visão simplificada da interpretação dos factos. Mas o que penso conhecer, vai nesse sentido e não de alguma contra-informação que chegou a alguns media portugueses de que a rivalidade entre ambos os personagens desaparecidos se deveria a partilha não resolvida de interesses neste campo ou mesmo a Nino Vieira estar a combater…o narcotráfico que seria protegido pelos militares.
Esta questão traz duas outras que abordarei no dias seguintes, a saber os efeitos do narcotráfico em África, o papel de alguns países latino-americanos e dos seus dirigentes o papel dos EUA e o desvirtuamento e fracasso da sua DEA (Drug Enforcement Administration).
LIVRAI-NOS DELES
Há 2 dias
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