Os habitantes da Ilha Reunião saem hoje à rua para uma jornada de greve que assume grande importância na sequência dos acordos de ontem em Guadalupe que deram a vitória à greve de 44 dias.
O colectivo COSPAR que conduz a luta dos reunioneses inclui várias organizações sindicais e os partidos de esquerda e apresentou na passada 2ª feira um caderno reivindicativo de 62 medidas imediatas contra a carestia de vida.
A reivindicação central, que acaba de fazer vencimento na luta das Antilhas, é de um aumento de 200 euros líquidos dos salários mais baixos. Outras vão da descida de 25%nos +preços da bilha de gás à proibição dos despedimentos que apresentam lucros, passando pelo congelamento das rendas e bilhetes de transporte gratuitos para os desempregados.
Na ilha 52% dos seus 750 mil habitantes vivem abaixo do limiar da pobreza quando na metrópole francesa essa taxa é de 18% e os habitantes para uma luta que poderá ser mais prolongada como aconteceu em Guadalupe ou na Martinica.
Os acordos de Guadalupe ontem assinados pelo colectivo LKP, com o Estado e as colectividades locais, para além do referido aumento de 200 euros para os salários mais baixos, incluíram o congelamento do preço da baguette e abertura de negociações sobre o preço do pão em geral, a descida das tarifas bancárias, da água e da gasolina.
Um dos dirigentes do colectivo comentava “É uma etapa, um compromisso que se firmou”, juntando um provérbio crioulo “Em cada sábado, um porco” (a ser morto). O patronato está a caminho de seguir esse acordo.
Os acordos foram durante a noite e madrugada de hoje assinalados com festa rija. “Nada será como dantes!” era o que mais se ouvia.
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Há 4 semanas
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