quinta-feira, 5 de março de 2009

A abordagem da crise nos próximos actos eleitorais


No Avante! de hoje, Agostinho Lopes refere que a crise vai estar no centro das eleições que se avizinham, alertando para os falsos argumentos e as pseudo-respostas apontadas pelo PS, PSD e CDS/PP. Seleccionamos o que se segue, remetendo os leitores para
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=28120&area=5

“No centro do debate político e ideológico eleitoral vão estar as pretensas, as falsas respostas da política de direita, do PS ao PSD, passando pelo CDS-PP, à crise. E também no esquecimento e desresponsabilização das suas políticas que fragilizaram, vulnerabilizaram a economia nacional na resistência à crise, tornando-a menos produtiva, mais periférica, mais dependente. Pseudo-respostas que vão tentar passar ao lado das reais causas da crise, que vão mesmo passar ao lado dos dogmas do capitalismo neoliberal que sempre defenderam e praticaram, como a não intervenção do Estado na economia, a livre concorrência, a excelência da gestão privada, para salvar o essencial: garantir a manutenção do sistema de exploração, a continuidade das políticas de direita, a sobrevivência política dos partidos que são a expressão dos interesses de classe, do grande capital, dos grupos monopolistas reconstituídos!Pseudo-respostas que vão tentar passar ao contra ataque, instrumentalizando a crise para aprofundar e consolidar opções e orientações de políticas económicas e sociais, que estão na origem dos actuais e dramáticos problemas que enfrentamos.Pseudo-respostas como a necessidade de mais mercado e menor intervenção do Estado, mais privatizações e liberalizações, isto é mais capitalismo, mais exploração.Pseudo-respostas como mais Europa para aprofundar o federalismo, as políticas comuns e justificar o dito Tratado de Lisboa e os seus fundamentos neoliberais. Para o que claramente se aponta já com as ditas entidades de regulação e supervisão de dimensão europeia e mesmo mundial.Pseudo-respostas que sob uma identidade e identificação de fundo, congénita, de estratégias, opções e políticas, se enfeitarão de atributos acessórios e secundários, e até pretensos antagonismos entre PS, PSD e CDS-PP, para efeitos eleitorais. Diferenças que no fundamental se resumem às diferentes clientelas políticas. Diferenças que só existem nos mais ou menos impostos, na maior ou menor referência às pequenas e médias empresas, no maior ou menor levantar da bandeira social, porque uns são Governo e outros não estão no Governo!”

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