A UE foi acusada de não ter feito nada para impedir a propagação da crise de origem norte-americana na zona euro.
Foi acusada de estar a passar dinheiro à banca dos mercados financeiros (que não são uma entidade abstracta) a juros baixos que depois são inflaccionados quando ela o empresta aos Estados e iniciativa privada.
Foi acusada de aceitar impávida a actuação de agências de
rating que ainda menos que a UE carecem de qualquer legitimidade democrática para interferirem nas condições de vida de cada país.
Que faz então a UE?
Manda Barroso intervir fartas vezes no tabu do PS e PSD sobre o Orçamento numa ingerência inusitada e vergonhosa
Aguarda uma proposta da Comissão para criar novos recursos orçamentais próprios para acabar com, as contribuições nacionais. Comissão essa que delicodocemente vai dizendo que esses novos recursos não poderão penalizar fiscalmente ainda mais os cidadãos. E que recursos poderão ser?
Taxas sobre as transacções de direitos de emissão de gases que contribuam para o efeito de estufa.
De um imposto sobre os transportes aéreos ou sobre a energia.
De um IVA ou de um IRC europeu.
Não agravam a carga fiscal em termos de percentagem, mas vão ser os consumidores que, ao fim e ao cabo, acabarão por pagar. Como despudoradamente vão dizendo alguns gestores nacionais dos aumentos de IRC previstos para o Orçamento.
Em matéria de especulação dos mercados financeiros, os ministros dos 27 limitaram-se a um titubeante acordo quanto a detalhes de um um futuro novo quadro de regulação e supervisão dos
edge funds (fundos "alternativos" de forte carácter especulativo. Nada mais.
Com tal gente e tais políticas só nos vão continuar a cair em cima piores dias. E ainda teremos que suportar os rallies de Barroso para não perder o emprego.
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