Na passada semana, o Departamento de Estado dos EUA declarou urbi et orbi que a Europa estava ameaçada de ataques terroristas de grande escala.
Não parece haver coincidência de pontos de vista com alguns países europeus. A Alemanha, um dos potenciais alvos apontados, declarou não se registar actividade anormal de suspeitos.
Esta fuga para a frente coincide com outra registada ao nível de uma reunião há dias realizada por representantes das agências de segurança norte-americana com homólogos europeus em que estes foram confrontados com a exigência de acesso aos seus computadores, a transferências bancárias e a listagens de passageiros de aviões. Algumas reservas estão a ser colocadas a estas investidas mas Angela Merkl chegou a não pôr reservas ao projecto, no que foi contrariada por deliberação parlamentar, no seu país, em sentido contrário.
Também no Paquistão se colocam reservas a estas previsões alarmistas, associando-lhes um pendor essencialmente político sem informação nova credível. Desde o 11 de Setembro estão tropas americanas em várias bases afegãs. Se no início da colocação da tropa foi partilhada informação com o Paquistão, base de apoio decisiva para os EUA na região, agora o Tio Sam, não lhe passa cavaco. O que é tanto mais delicado quanto os novos bombardeamentos no Afeganistão feitos com aviões não tripulados e helicópteros atingem dimensões dantescas e estão a ser vistos como verdadeiros assassinatos. Esta inflexão, determinada por Obama, pode ter a ver com as eleições para o Congresso dos EUA, em meados do próximo mês, onde se espera uma vitória republicana...
Em Lisboa, no dia dos tais avisos, as várias televisões não recolheram comentários do Governo nem de responsáveis de segurança, mas do Prof. José Manuel Morais Anes, que preside ao Observatório para a Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCT). Entidade esta que não é do Estado, identifica-se como "organização da sociedade civil", anda a procurar ser reconhecida como instituição de utilidade pública para estabelecer protocolos com Universidade para, é claro, proceder ao leccionar de terrorismos e outros casos insólitos para além de umas conferências sponsorizadas por algumas ONGs e instituições internacionais que dispõem de sacos azuis para estes e outros efeitos. Para isso contribuirá a formação seu presidente de que se destaca a antropologia das religiões, novos movimentos religiosos, ameaças do islamismo radical em África,exoterismos, maçonarias (já foi do Grande Oriente e estará na Loja Regular...).
Nos corpos gerentes deste Observatório (quem lhes dá os elementos para observar?) estão e estiveram personagens e militares da área do PS, PSD e CDS. Ah!... e quem a criou em 2005 foi Rui .
Pereira, actual Ministro da Administração Interna.
E esta, hem?
sábado, 9 de outubro de 2010
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