quinta-feira, 14 de outubro de 2010

As lições do Equador

O golpe falhado há dias no Equador desapareceu das notícias mas é um elo mais nas cadeias das preocupações dos que receiam uma escalada intervencionista na América  Latina depois do caso das Honduras.
Agora o movimento popular fez conjurar o golpe coisa que nas Honduras não foi possível apesar da grande dinamização. Em ambos os casos os militares golpistas raptaram os presidentes eleitos pelo povo.~e se não tivesse havido também unânime condenação internacional, não se sabe o que poderia ter aconteciodo a ambos. Em ambos os casos os EUA ensaiaram uma atitude cúmplice. No caso das Honduras essa posição evoluiu para uma aparente condenação do golpe mas de facto para arrastar a situação ilegal e consagrar o golpe. Agora começaram, por dizer que se tratava de um "protesto policial"...como se ocupar aeroportos e estações de TV, raptar o presidente pudessem configurar tal coisa.
Um dos erros do governo de Correa foi ter deixado a formação da polícia e da tropa na mão de "especialistas norte-americanos" (leia-se serviços secreto). Curiosamente foi a polícia anti-droga que esteve nas primeiras linhas do golpe. Compreende-se que Chavez e outros presidentes não tenham aceite tal "colaboração" da DEA (o organismo americano de "combate" à droga com uma bem recheada lista de intervenções duvidosas), mesmo correndo com o anátema dos EUA que, por isso, são países que não apoiam a luta internacional contra a droga.
Mas  não foi só esse. Correa foi eleito à esquerda, com forte apoio popular e expectativas. Depois virou à direita e pôs em prática uma política neo-liberal, começando a comprometer o apoio popular.
Há lições a colher.
 

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