O Quirguistão desempenha o papel de um pivô estratégico na extensão da guerra a toda a Ásia Central. Moscovo sabe-o. Pequim também. O que se decide no Grande Jogo do Afeganistão foi intencionalmente concebido por Washington para se tornar numa nova guerra “sem vencedor”.
O fracasso da guerra no Afeganistão é programado para justificar o aumento da presença militar dos EUA no Afeganistão, no Uzbequistão, no vale de Ferghana no Tajiquistão, e, a partir daí em toda a Ásia Central. Antes da revolta popular quirguize conseguir mandar para o exílio o gang de Bakiev, no passado mês de Março, Washington estava em boas condições, após os acordos assinados por Bakiev, para construir diversos campos de treino anti-terrorista no país. Com tais bases à sua disposição, o controlo do continente eurasiático, do Xingjiang até ao Cazaquistão e Rússia, seria uma questão de tempo, porque já nos dias de hoje o desenvolvimento de rotas de narcotráfico estão a preparar esse caminho.
Desta vez, e ao contrário do que se passou no início dos anos 70, o que está em causa é superior para a hegemonia dos Estados Unidos. O papel que jogarão o governo provisório do Quirguistão e os governos de Moscovo e Pequim, bem como os do Irão e Uzbequistão, será decisivo nesta região, onde se concentram os conflitos mais intensos do planeta.
Para um maior detalhe no papel de cada um dos actores nesta situação sugiro lêr quatro peças deste trabalho publicadas na http://www.voltairenet.org/
pelo autor, nos dias 13, 16 e 20 de Junho e 4 de Agosto.
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