Só para o final da próxima semana, com as contagens de votos fechadas, se poderá dizer ao certo qual dos dois maiores partidos – o Labour e o Partido Liberal – irão formar governo.
Para já, hoje Gillard, actual primeira-ministra do Labour, reuniu com independentes e o Partido dos Verdes, com vista ao futuro. Para já ambos os maiores partidos têm garantidos 70 lugares cada na Câmara de Representantes, de onde sai o governo, podendo na conclusão da contagem o Labour ser mais beneficiado pelos liberais, donde estes contactos com os minoritários serem muito importantes para a viabilização do futuro governo minoritário.
A queda do Labour e a subida dos liberais, bem como a grande subida dos Verdes (em quem o Partido Comunista apelou ao voto excepção feita ao candidato próprio que apresentou em Sidney) evidenciam um desgaste do Labour, que mudou de primeiro-ministro em Julho, resultante do seu alinhamento numa política de centrão, identificando a sua política com a dos liberais.
O candidato liberal, Tony Abbott é, de facto um homem de extrema-direita. E a campanha eleitoral foi centrada em medos.
Gillard sublinhou que o voto no Labour foi um voto popular e que isso teria que ter consequências na política do futuro governo se for do seu partido e que nenhum dos dois grandes partidos poderia governar sozinho.
O sistema político de poder e o sistema eleitoral diferem muito do português e facilitam a bipolarição dos resultados.
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