Segundo Marçal Grilo (administrador da Gulbenkian e da Partex Oil and Gas, ex-ministro da Educação, homem do sistema, apoiante das políticas de há uns trinta anos para cá, socialista, hoje no Público)
“ Os pais querem para os seus filhos uma escola mais exigente, porque sabem que nos dias de hoje não basta passar de ano e ter boas notas. É preciso saber, é preciso saber muito, é preciso saber pensar, é necessário ser responsável, ter iniciativa e, sobretudo, capacidade para lidar com a mudança.”
Segundo o INE (citado por Ana Cristina Pereira também no Público)
- Entre 1999 e 2009 foram criados 273,3 mil postos de trabalho. Mas destruíram-se 221 mil empregos ocupados por jovens.
- Na mesma década, foram criados 117 mil postos de trabalho com contratos permanentes. Mas destruíram-se 175 mil empregos com contratos sem termo ocupados pelos jovens e 77 mil ocupados por empregados com idades entre os 25 e os 34 anos.
- De 1999 a 2009, foram criados 205 mil postos de trabalho com contratos a prazo. Mas destruíram-se nove mil postos de trabalho a prazo ocupados por jovens. Mais de metade dos postos de trabalho criados com contratos a prazo foram ocupados por pessoas com idades entre os 25 e os 34 anos.
- Nesses dez anos, destruíram-se 48 mil empregos com outro tipo de contratos (incluindo recibos verdes). Três em quatro desses postos de trabalho eram ocupados por jovens.
- Em 1999, cerca de 60 por cento dos jovens tinham um contrato permanente. Dez anos depois, esse grupo desceu para 46 por cento do total.
- Em 1999, cerca de 30 por cento dos jovens tinham um contrato a prazo. Dez anos depois, o seu número representava já 47 por cento do total.
- Em 1999, um em cada quatro desempregados era jovem. Em 2009, passou a ser um em cada seis.
- Em 1999, três em cada quatro desempregados jovens tinham o ensino básico. Dez anos depois, o seu número baixou para dois em cada quatro.
- Em 1999, os jovens desempregados licenciados representavam cinco por cento do desemprego juvenil. Dez anos depois, o seu peso era já de 12 por cento.
- Em 1999, havia nove mil jovens licenciados inactivos (não eram empregados nem desempregados). Dez anos depois, passaram a ser 26 mil. Nesse período, subiu também o número de jovens inactivos com o ensino secundário (de 212 mil para 228 mil).
1 comentário:
De facto, esta figura quando fala dos altos cargos que "desempenha" parece que nunca teve responsabilidades nas questões que relata.
Mas às vezes perde a contenção e faz confições. Há tempos na UL ouvi-o gabar-se a confessar como instituiu as propinas no Ensino Superior. Confessou que fez uma a aposta com um amigo (expoente do neoliberalismo entre nós) e usou uma manhozice para iludir os estudantes! As propinas só serviriam para aumentar a qualidade ...
Nuno
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