As chefias e direcções de jornais têm um longo traquejo em aproveitar-se de reportagens e outros trabalhos dos seus jornalistas para introduzirem nas manchetes distorções dos factos no sentido de os manipular para corresponder a orientações editoriais de confronto em que estão empenhadas em nome de insondáveis solidariedades.
Hoje o Publico apresenta uma reportagem interessante sobre as condições de trabalho de 44 médicos cubanos em Portugal, como médic os de família em quatro distritos. Aconselhamos aliás a sua leitura. Mas quem faz a manchete e o lead na primeira pagem inverte completamente o que se retira do trabalho "Salários dos médicos cubanos são um mistério...a embaixada de Cuba diz que nada pode dizer sobre o assunto...". Mas na página 10 o mistério desfaz-se e na pagina 11, uma bela passagem da conversa com o jornalista do embaixador cubanoEduardo Lerner.
Apresenta também uma peça sobre a
Taça das Nações Africanas onde o atentado dos dissidentes da FLEC (FLEC/PM) contra a delegação do Togo é tratado de forma satisfatória. Não o caracteriza como terrorista e acabaram por escolher para manchete "Angola queria mostrar-se ao mundo mas já perdeu a aposta"
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