terça-feira, 12 de janeiro de 2010

OMS sob suspeita: Conselho da Europa decide inquérito


O Correio da Manhã de hoje traz para a 1ª página uma matéria que há muito tenho vindo a tratar no meu blog: poder ter a indústria farmacêutica, através dos lobbies que tem junto da Organização Mundial de Saúde (OMS), criado uma onda de pânico com a gripe H1N1, para obter lucros de milhares de milhões de euros e arriscando usar vacinas não suficientemente testadas para serem utilizadas com segurança pelos pacientes.

O Conselho da Europa decidiu há dias proceder a um inquérito proposto pelo presidente da sua Comissão de Saúde, o alemão Wolfgang Wodarg, ele próprio epidemiologista, que a Comissão acolheu por unanimidade.

Wodarg aponta o dedo à OMS, onde, segundo ele, existe um grupo de pessoas estreitamente ligados à indústria farmacêutica. E afirma que o inquérito deverá fazer luz sobre tudo o que tornou possível toda a operação de intoxicação da opinião pública, quem decidiu, baseado em que provas científicas e como se terá verificado, no concreto, a influência da indústria farmacêutica nas decisões como a declaração não fundamentada de pandemia pela OMS, baseada em elementos muito insuficientes e com alteração dos critérios até aí em vigôr na definição de pandemia ou a indicação de usar vacinas já registadas de empresas privadas, que novas vacinas tinham que ser rapidamente produzidas porque as populações não teriam tido tempo para gerar anticorpos, o que também se revelou não ser verdadeiro.

Citou o caso das empresas Novartis, Glaxo e Baxter, entre outras, e referiu que, se em alguns países os respectivos institutos puseram reservas a este processo, noutros isso não aconteceu.

As consequências foram, os elevadíssimos gastos financeiros de muitos países, com vacinas, que poderiam ter resultado, como é feito todos os anos, do acrescentar às vacinas da gripe sazonal de partículas virais específicas do novo vírus.

O conselheiro e epidemiologista sublinhou que as vacinas foram produzidas muito rapidamente, tendo alguns dos seus adjuvantes sido insuficientemente testados. Acusou em particular a Novartis de de ter produzido a vacina Obta flu em bio-reactor a partir de células cancerosas sem obter a garantia de que as proteínas presentes não produzissem tumores nas pessoas vacinadas.

Se o inquérito confirmar a influência abusiva da indústria farmacêutica, Wodarg defende que os estados possam romper com ela contratos desastrosos e os doentes afectados serem indemnizados.

Wolfgang Wodarg coloca à consideração colectiva a seguinte questão: "Devemos continuar a deixar a produção de vacinas e a sua sequência a organizações cujo objectivo é obter o maior lucro possível? Ou, pelo contrário, devemos considerar que estes são, por excelência, processos a serem controlados e postos em prática pelos estados?
Por isso defende que se acabem com as patentes das vacinas, isto é que se acabe com a possibilidade do monopólio da sua produção por um grande grupo.

2 comentários:

Marisa disse...

Resultado das cetezas cientificas...é no que dá.
:))

Marisa disse...

Leia-se "certezas"...
Obrigada.
:))