A próxima 6ª f, amanhã, está apontada como a de uma nova grande prova de força do protesto popular.
O vice-presidente Omar Suleiman, chefe das secretas egípcias, há dias nomeado para esta nova função por Mubarak é um homem que se entendeu particularmente bem com a CIA dos EUA e a Mossad de Israel, para que o Egício contribuísse para a estratégia de ambos.
É por isso um homem poderoso e bem aceite por ambas as administrações destes países para garantir "mudanças controladas" que poderiam deixar o país na mesma. Quer os EUA quer Israel receiam qualquer outra solução. Do apoio inicial de ambos a Mubarak poderão agora ir até aí: ser a estrutura da ditadura a conduzir o processo que se segue.
Mas não é isso que o povo egípcio pretende.
Por isso as forças repressivas montaram ontem uma provocação, a partir de elementos seus, que mataram vários manifestasntes anti-Mubarak, nas barbas da polícia que só interviu quando esses elementos foram escorraçados da Praça da Libertação, para os protegerem, criando uma zona tampão. Toda a gente pôde ver através da CNN o linchamento por esse bando de alguns populares que exibiram num viaduto como exemplos... A ausência no terreno de estruturas do Estado de apoio a pessoas agredidas é ilustrativo da natureza do regime.
Esta provocação tem por objectivos criar receios, "justificar" novas intervenções policiais e do exército contra a oposição ao regime, criar a idéia de que há dois campos.
Omar Suleimam fez saber que irá falar em breve. É evidente que o que vai dizer não corresponderá às exigências dos manifestantes.
No plano internacional os grandes media fizeram circular outros motivos de medo. O eventual encerramento do Canal do Suez com os correspondentes efeitos negativos sobre o comércio mundial. E a subida do preço do petróleo numa base especulativa face a esse "receio"...Mas, são os manifestantes que poderão ou terão interesse nesse desenvolvimento? Claro que não.
LIVRAI-NOS DELES
Há 3 dias
2 comentários:
Excelente post, tal como os anteriores.
Obrigado Maria. Não podemos deixar que os media nos levem pela aparência das coisas que eles próprios criam.
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