Enquanto a Ministra da Educação dentro da AR informava dos cortes de despesas com os alunos e as escolas, foram centenas os professores de Educação Visual e Tecnológica que se manifestaram no exterior frente à AR. Presentes também manifestantes do SOS-Educação.
Carlos Gomes, da respectiva Associação frisou à Lusa que 7.000 docentes estão em risco de ir para o desemprego e de não voltarem a ser professores: “Vão fazer parte daquele grupo de professores que estão nas caixas de supermercados a registar produtos, enquanto os alunos vão ficar sentados a fazer desenhos. Só isso”.
O professor considerou que está a ser cometido “um verdadeiro desastre educativo”, alegando que “numa turma com 28 alunos e uma forte componente prática, um só professor é insuficiente para desenvolver um trabalho seguro e de qualidade”.
"Depois ouvimos o primeiro-ministro a falar em tecnologia. O primeiro-ministro não sabe o que é tecnologia e a ministra não conhece o programa de EVT”, acrescentou.
Recebidos pelo deputado comunista Miguel Tiago , este subiu para um palanque donde informou os manifestantes que o PCP tomou já três iniciativas no Parlamento para que sejam acauteladas reivindicações que se ouvem na rua: um pedido de apreciação parlamentar do decreto-lei que extingue o par pedagógico nas aulas de EVT, um projeto de resolução para reposição imediata dos dois professores e outro projeto de resolução para a estabilidade no financiamento do ensino particular e cooperativo com contratos de associação com o Estado.
“Se há contratos a mais e que não cumprem os objetivos, extingam-se esses contratos, mas nos casos em que estas escolas fazem o que o Estado devia fazer não podem alterar-se as regras a meio do jogo”, disse à agência Lusa Miguel Tiago.
“O Estado não pode acabar com o financiamento às instituições de um momento para o outro”, acrescentou.
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