domingo, 20 de dezembro de 2009

O PS procura o conflito institucional


A declaração de Sérgio Sousa Pinto contra o Presidente da República é uma provocação. Pelos seus termos e pelo seu conteúdo. Na forma aproximou-se de uma birra dum puto malcriado. No conteúdo pretendeu coarctar o PR de emitir uma opinião sobre a prioridade relativa de um tema controverso como prioridade da acção governativa, que eu também questiono (apesar de concordar com a resolução sobre o casamento homossexual) quando defrontamos questões muito mais graves a que o governo não quer responder, apesar de o país esperar medidas para suster a insegurança social e económica. Para poder dizer mais à frente que o não deixam governar.


José Sócrates, ao suspender depois uma reunião semanal com o PR e ao não desautorizar o puto Sérgio manifestamente está a percorrer um caminho perigoso. Sócrates recusa-se a aceitar os resultados eleitorais das legislativas e a derrota sofrida não encaixa na configuração que foi tecendo do seu ideário, de identidade progressivamente perdida para uma "coisa" cuja natureza democrática está apenas muito disfarçada.

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