terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Cristina Kirchner e Patrícia Rodas comentam declaração da cimeira do Estoril




A chefe da diplomacia hondurenha agradeceu o comunicado da presidência portuguesa da Cimeira Ibero-americana onde foi condenado o golpe de Estado no seu país. A presidente argentina também se congratulou com esta documento.


A ministra dos Negócios Estrangeiros das Honduras agradeceu, esta terça-feira, o comunicado especial da presidência portuguesa da cimeira ibero-americana que considerou «inaceitáveis as graves violações dos direitos e liberdades fundamentais do povo hondurenho».

Em conferência de imprensa, Patrícia Rodas, que considerou ilegais as eleições realizadas no domingo no país, adiantou que esta é uma «importante declaração» que apoia «o processo de restauração democrática e a restituição da presidência» de Manuel Zelaya.

Patrícia Rodas entende que este acto eleitoral que deu a vitória a Porfírio Lobo levanta um «problema jurídico», dado que «o regime 'de facto' está à margem da lei» algo que faz com que a eleições realizadas estejam fora do «marco constitucional».

A presidenta argentina também se congratulou com os esforços da cimeira para aprovar uma declaração sobre as Honduras, uma vez que se pode falar de «Conhecimento e Inovação, mas se não houver democracia, não se passa de discursos vazios»(numa alusão ao conteúdo que a presidência portuguesa quiz fazer vingar quando a conjuntura impunha a condenação do golpe das Honduras e o não reconhecimento do golpe militar neste país e das eleições-fraude do passado domingo).

«O respeito pela vida democrática é na história da região da América Latina, em particular, uma história de tragédia, por isso, a defesa da democracia deve ser uma defesa sem concessões», afirmou Cristina Kirchner ao aludir à questão das Honduras.

Apesar desta declaração final da presidência da cimeira, e apesar das posição da Espanha, é provável que os aliados mais incondicionais dos EUA quer na Europa (Reino Unido, França e Alemanha) quer na América Latina (Colômbia, Costa Rica e México) venham a aceitar o resultado da eleição-fraude.

A declaração final de José Sócrates é a de um político alinhado com as posições da administração americana. Deixa antever a aceitação dos resultados dessa fraude para poder continuar "o diálogo" da repressão interna nas Honduras e na prática o consumar do golpe de Estado que afastou Zelaya do cargo para que foi eleito pelo seu povo.

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