Foi um bom espectáculo, esta "Terra".
Por ali ouviram-se novas e velhas canções com diferentes arranjos. À voz soberba, profissional e internacional de Mariza somaram-se grandes intervenções dos músicos em palco. Pena foi não serem publicados num folheto todos os seus nomes (citaram-se os da gravação do novo trabalho "Terra") porque quer no que respeita ao acompanhamento quer nas intervenções instrumentais foram notáveis. A guitarrada portuguesa num tropel que embriagou e o solo de bateria que nos deixou quase estarrecidos foram momentos muito altos.
A partir da 4ª e 5ª canção, depois de tomar o pulso ao público que se estava a ambientar, público e Mariza foram um só. Presos um do outro.
Como se sabe, e como fica cantado no Tasco da Mouraria, de Paulo Abreu Lima e Rui Veloso neste trabalho Marina canta o fado, nasceu na Mouraria, onde na taberna do pai ele era cantado pela noite dentro, depois dela ter o seu momento também antes de se deitar.
Mas Mariza juntou ao fado nos seus espectáculos as músicas, os sons e os rimos de países, por onde tem andado em tournée há sete anos. Da morna ao flamenco, do jazz à canção clássica, passando pelo folclore, tudo confluiu num resultado harmonioso que o público foi acolhendo em crescendo.
"...além de levar a minha música, fui tendo contactos com culturas e estéticas diferentes. Fui ouvindo e entendendo. Fui assimilando até chegar aqui, a este ponto que é, neste momento, a minha verdade. Ora, se eu fui sempre verdadeira com o público e comigo próprio, não havia razão para que este disco não desse conta da evolução que eu fui sofrendo, como cantora e como pessoa."
Arrepiaram a interpretação de "Recurso", "Poesia" e "Minh'Alma".
O som esteve impecável e a cenografia simples mas eficazmente servida pela luz.
Valeu bem a pena...
1 comentário:
AINDA BEM QUE GOSTARAM, TU E A ISABEL QUE EU BEM OS VI!!!
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