terça-feira, 16 de setembro de 2008

Bolívia: o receio do pior

O apoio dos países da América Latina a Evo Morales e a sua condenação da violência terrorista nos territórios da "Meia Lua" poderá não ser suficiente para conjurar novos massacres perpretados pela extrema direita.

Os grupos paramilitares integrados nos "movimentos cívicos" estão cada vez melhor armados e a capacidade de contra-ataque dos indígenas e outros apoiantes de Chávez é pouco eficiente. Depois do massacre de Pando da semana passada, o maior desde há 50 anos, outro está em preparação para muito breve. É a sensação de quem está no terreno.
Ao nível das Forças Armadas alguns dos seus altos dirigentes, formados e comprometidos com o Pentágono têm impedido os militares de apoiar a população contra as forças paramilitares. Há quadros militares que estarão a revelar grande coragem para fazer com que elas cumpram lealdade ao presidente. A intervenção de Chavéz, parecendo uma ingerência interna reflecte a reacção popular contra os altos comandos militares omprometidos com o golpe.

É inaceitável que os media portugueses continuem a tratar o golpe em curso como confrontações entre manifestantes. O repórter do Público publica hoje uma peça em aque fala apenas com um dos dirigentes destes movimentos cívicos,. espécie de ku-klux-clans sem capuz. Ponham a mão na consciência e lembrem-se do Chile de 73!

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