sábado, 5 de julho de 2014

Não o demite?, por Carlos Carvalhas


Segundo o BANCO DE PORTUGAL,

“A situação de solvabilidade do BES é sólida, tendo sido significativamente reforçada com o recente aumento de capital. O Banco de Portugal tem vindo a adotar um conjunto de ações de supervisão, traduzidas em determinações específicas dirigidas à ESFG e ao BES, para evitar riscos de contágio ao banco resultantes do ramo não-financeiro do GES”, diz o Banco de Portugal em respostas a pedidos de esclarecimento da comunicação social.
A instituição liderada por Carlos Costa sublinha que só tem responsabilidade de supervisionar a parte financeira do grupo – o EFSG e o BES -, mas que as restantes “não se encontram sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, dado que não integram o perímetro prudencial do grupo bancário sujeito à supervisão do Banco de Portugal (ao nível da ESFG) e na medida em que não são consideradas empresas-mãe ou filiais de instituição de crédito, nos termos do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras”.
No entanto, garante o banco central, as operações realizadas entre o banco e as outras entidades do grupo “estão sujeitas ao cumprimento de limites máximos de concentração de riscos”, o que quer dizer que o Banco de Portugal está a acompanhar “o cumprimento desses limites e os impactos das operações na situação patrimonial e prudencial das instituições de crédito ou do grupo bancário”.
Perguntas ingénuas ao "ingénuo " Governador do B.P :
1-No ultimo " stress teste" feito ao BES e  ainda antes "das determinações específicas… para evitar riscos de contagio ao banco resultantes do ramo não financeiro "não foi reiterado pelo BP e seu governador que não havia problemas neste banco? Que credibilidade têm os stress Testes e as garantias dadas também agora pelo B. P. ?
2- Que determinações são essas para evitar o contágio do ramo não financeiro ao BES ? Não nos querem explicar que medidas foram tomadas e qual o seu alcance ? Será que são medidas do tipo do insolvente que para não perder o património se divorcia e passa os bens  mais valiosos para mulher sobrinhos afilhados ou para qualquer primo taxista na suíça ? Isto é são medidas que safam o BES e tramam os credores do ramo não financeiro como a Caixa Geral de Depósitos e mais tarde os contribuintes….E em relação à Caixa como se justifica tal volume de crédito a empresas de banco concorrente ? A Caixa e em particular o crédito não estão nas mãos do CDS e do PSD ?
3- Diz o "ingénuo" Governador que só tem responsabilidades de supervisão em relação á parte financeira do grupo ! …acrescentando um "no entanto" :"as operações realizadas entre o banco e as outras entidades do grupo “estão sujeitas ao cumprimento de limites máximos de concentração de riscos "  Mas depois do que há muito se sabe em relação às negociatas  do BES e EFSG como se justifica uma concepção tão restritiva do perímetro prudencial ?
4- Quando Salgado se esqueceu de declarar no IRS  pela terceira vez pequeninas somas que tinha no estrangeiro , o Governador chamou-o para opinião pública ver , mas continuou a considerá-lo idóneo para continuar como banqueiro…e  quando foi descoberto o também pequenino prejuízo , a tal "enfermidade" do contabilista ,  como lhe chamou Salgado , o governador continuou a considerar este senhor  como idóneo para ser banqueiro. Fantástico . Como prémio merece ir para o BCE tal como o Vítor Constâncio!…
5- Ultimas perguntas: o Governador do Banco de Portugal tem a função de regulador ou de Presidente da Associação portuguesa de bancos ? Não se demite ? Ninguém o demite ? 

1 comentário:

Anónimo disse...

Mas em Portugal alguém se demite ou é demito?