quinta-feira, 10 de julho de 2014

Os museus e o património cultural não estão à venda! Concentração em frente à Fábrica do Inglês, em Silves  18 de Julho de 2014, pelas 11 horas




Está em curso o processo de desmantelamento para venda dos equipamentos da
chamada “Fábrica do Inglês”, em Silves. Neste espaço, classificado como “património
de interesse municipal”, está sedeado o Museu da Cortiça, considerado em 2001 como
“Melhor Museu Europeu” na categoria de património industrial.


Os novos proprietários do edifício da Fábrica do Inglês (a Caixa Geral de Depósitos) e
do espólio do Museu da Cortiça (o Grupo Nogueira) são fiéis depositários de um
património de contornos únicos e de grande significado histórico/cultural em Portugal,
mas também afetivo, para a própria cidade de Silves.
As condições de conservação do edifício, fechado há vários anos, e agora ainda mais
degradado pela remoção sem precauções de equipamentos leiloados, assim como do
espaço onde se conserva a coleção museal, obrigam, por razões de interesse público,
ao rápido esclarecimento por parte dos novos proprietários do destino que pretendem
dar a estes valores culturais.
A cidade de Silves quer saber, o país quer saber, todos aqueles que se preocupam com
a herança histórica e cultural guardada pelos nossos museus querem saber.
A Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial (APAI), com o apoio das Comissões
Nacionais Portuguesas do ICOMOS e do ICOM, vêm convocar todos os cidadãos que
prezam a memória e a decência para uma concentração de informação e repúdio a ter
lugar no dia 18 de Julho de 2014, pelas 11 horas, junto à entrada principal da Fábrica
do Inglês, em Silves.
Na ocasião será lida a moção aprovada durante a Jornada de Arqueologia Industrial
recentemente realizada no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, a qual se
constituirá em petição em defesa dos valores patrimoniais e museológicos em causa.
É tempo para dizer “basta!”. A nossa memória não está a venda

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