sexta-feira, 29 de março de 2013

A guerra suja do "Ocidente" contra a Síria

Há meses que os observadores mìnimamente sérios abandonaram as teses dos "rebeldes" ou da equidistância entre as partes no conflito. Nos últimos dias o bombardeamento por tais "rebeldes" da

Faculdade de Arquitectura de Damasco matou 15 estudantes. A maioria dos anteriores bombardeamentos são feitos por estes "rebeldes" armados pelos EUA, a Fraça e a Inglaterra para além de alguns emiratos árabes e o apoio da Turquia. Não conseguiram destruir a Síria, Assad continua no seu posto, a esquerda
que antes lhe não era afecta, ajuda a unir o povo contra a agressão bárbara...
É neste quadro que causam repulsa as declarações há dias pelo comandante supremo da NATO na Europa, chamando nós aqui a atenção para a leitura de um comunicado do CPPC sobre a questão.




Contra uma agressão da NATO à Síria

Foi com profunda preocupação que o CPPC tomou conhecimento das recentes declarações do Almirante da Marinha dos EUA, James Stavridis, ao mesmo tempo comandante supremo da NATO na Europa, sobre uma planeada invasão da Síria.

Em resposta a questões levantadas pelo Senado norte-americano, Stavridis afirmou que vários países membros da NATO estavam a considerar uma intervenção na Síria semelhante à levada a cabo, há dois anos, sobre a Líbia, ao mesmo tempo que reconheceu estarem em discussão um conjunto de acções contra a soberania e integridade territorial da Síria, que incluiriam a imposição de uma zona de exclusão aérea e uma intervenção militar terrestre.

Há muito que os Estados Unidos da América e as principais potências da União Europeia intervêm na Síria, nomeadamente através do financiamento, treino e armamento dos diversos grupos que aí actuam, no âmbito do chamado «Exército Livre da Síria», e que têm procurado – e em certa medida conseguido – desestabilizar aquele país do Médio Oriente. O objectivo, ilegal à luz do Direito Internacional, é a mudança da natureza do poder na Síria, para um governo que mantenha intocados os interesses dos EUA e da UE naquela sensível região do globo.
O «modelo» seguido é em tudo semelhante ao da Líbia: patrocínio da dissidência para depois proceder à intervenção, em nome da «democracia» e dos «direitos humanos».

Mas se a Líbia serve de exemplo para algo é para todos compreendermos melhor as consequências de tal actuação: nesse país do Norte de África, durante os escassos sete meses da agressão da NATO, morreram 30 mil pessoas e 50 ficaram feridas; dezenas de milhares de refugiados; as anteriormente avançadas estruturas sociais ficaram destruídas e a instalação no terreno de grupos ligados à Irmandade Muçulmana e à Al-Qaeda, fortemente armados pela NATO, que dominam hoje aquele país.

Face a isto, o CPPC exige o respeito pela Constituição da República Portuguesa e considera que o nosso País, enquanto Estado membro da NATO, não pode deixar de assumir as suas responsabilidades, impedindo, por todas as vias ao seu alcance, que estas ameaça se venha a concretizar. As autoridades portuguesas devem agir, sim, no sentido de uma solução que ponha fim à violenta agressão não declarada que desde há dois anos massacra o povo sírio.

2 comentários:

ML disse...

É preciso aprender a descodificar as "narrativas" impostas pelo império...

Bjo.
Bom fim de semana pascal.
ML

Graciete Rietsch disse...

Tanta mentira se diz . É preciso esclarecer, esclarecer sempre.
Um grande beijo para ti.