Faculdade de Arquitectura de Damasco matou 15 estudantes. A maioria dos anteriores bombardeamentos são feitos por estes "rebeldes" armados pelos EUA, a Fraça e a Inglaterra para além de alguns emiratos árabes e o apoio da Turquia. Não conseguiram destruir a Síria, Assad continua no seu posto, a esquerda
que antes lhe não era afecta, ajuda a unir o povo contra a agressão bárbara...
É neste quadro que causam repulsa as declarações há dias pelo comandante supremo da NATO na Europa, chamando nós aqui a atenção para a leitura de um comunicado do CPPC sobre a questão.
Contra uma agressão da NATO à Síria
Foi com profunda
preocupação que o CPPC tomou conhecimento das recentes declarações
do Almirante da Marinha dos EUA, James Stavridis, ao mesmo tempo
comandante supremo da NATO na Europa, sobre uma planeada invasão da
Síria.
Em resposta a
questões levantadas pelo Senado norte-americano, Stavridis afirmou
que vários países membros da NATO estavam a considerar uma
intervenção na Síria semelhante à levada a cabo, há dois anos,
sobre a Líbia, ao mesmo tempo que reconheceu estarem em discussão
um conjunto de acções contra a soberania e integridade territorial
da Síria, que incluiriam a imposição de uma zona de exclusão
aérea e uma intervenção militar terrestre.
Há muito que os
Estados Unidos da América e as principais potências da União
Europeia intervêm na Síria, nomeadamente através do financiamento,
treino e armamento dos diversos grupos que aí actuam, no âmbito do
chamado «Exército Livre da Síria», e que têm procurado – e em
certa medida conseguido – desestabilizar aquele país do Médio
Oriente. O objectivo, ilegal à luz do Direito Internacional, é a
mudança da natureza do poder na Síria, para um governo que mantenha
intocados os interesses dos EUA e da UE naquela sensível região do
globo.
O «modelo» seguido
é em tudo semelhante ao da Líbia: patrocínio da dissidência para
depois proceder à intervenção, em nome da «democracia» e dos
«direitos humanos».
Mas se a Líbia
serve de exemplo para algo é para todos compreendermos melhor as
consequências de tal actuação: nesse país do Norte de África,
durante os escassos sete meses da agressão da NATO, morreram 30 mil
pessoas e 50 ficaram feridas; dezenas de milhares de refugiados; as
anteriormente avançadas estruturas sociais ficaram destruídas e a
instalação no terreno de grupos ligados à Irmandade Muçulmana e à
Al-Qaeda, fortemente armados pela NATO, que dominam hoje aquele país.
Face a isto, o CPPC
exige o respeito pela Constituição da República Portuguesa e
considera que o nosso País, enquanto Estado membro da NATO, não
pode deixar de assumir as suas responsabilidades, impedindo, por
todas as vias ao seu alcance, que estas ameaça se venha a
concretizar. As autoridades portuguesas devem agir, sim, no sentido
de uma solução que ponha fim à violenta agressão não declarada
que desde há dois anos massacra o povo sírio.
2 comentários:
É preciso aprender a descodificar as "narrativas" impostas pelo império...
Bjo.
Bom fim de semana pascal.
ML
Tanta mentira se diz . É preciso esclarecer, esclarecer sempre.
Um grande beijo para ti.
Enviar um comentário