A chamada reorganização das freguesias, com extinção de cerca de um quarto das freguesias do país, feita sem consulta às populações e à revelia da opinião dos autarcas, é um processo muito grave a que as populações naturalmente reagirão. Segue-se dose idêntica para os concelhos e a criação de entidades intermunicipais como estrutura de cúpula de vários concelhos para gerir transferências de competências da administração central.
Por todo o lado que se ouçam opiniões sobre a matéria, é evidente que o povo a rejeita. Só alguns técnicos que vivem dela - e,certamente, por isso - esperam alguma recompensa. Não se percebe onde estão as freguesias "que não têm, dimensão...Para quê?". Vai provocar o despedimento de cerca de 2 mil trabalhadores...Danos colaterais dirá o Relvas do alto da sua posporrência. A poupança com a remuneração de autarcas é ridícula para a atrapalhação que a "reorganização" vai provocar. O maior afastamento de autarcas e fregueses irá reduzir a capacidade de resposta a problemas de pessoas com dificuldades em se deslocarem. Um apoiante mais militante dizia hoje no canal aberto da Antena Um, em que foi o único a defender a "reorganização", que esta ia acabar com as prendas em que se gasta dinheiro e com as obras para favorecer amigos...Mas esses factos são gerais? A quem se estava ele a referir? Interveio para essas situações serem corrigidas?
O que está por detrás disto é muito sério: o governo quer reduzir a proximidade dos eleitos com quem os elegeu, quer alienar esse vínculo tão importante para a representatividade da democracia autárquica, quer diluir a democracia na base da sociedade. Concelhos agregados e comunidades intermunicipais poderão ser, neste quadro, um acentuar dessa tendência. Aprovar esta lei é um crime!
LIVRAI-NOS DELES
Há 4 semanas
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