De "peito para a frente", o 1º Ministro prometeu, na festa do PSD no Pontal, com protestos como pano de fundo, ser ele que dará as más notícias aos portugueses...Porém o que produziu foram afirmações fantasiosas para o ano de 2013.
Disse ele que 2013 será o ano "da inversão da actividade económica" para dizer, logo de seguida, que "2013 será o ano de estabilização económica e preparação recuperação" (presume-se que lá mais para a frente...). E que " estamos mais próximos de vencer e voltar uma das páginas mais negras da nossa pátria".
Mesmo as fantasias merecem algum grau de coerência e de conciliação com a língua pátria...
Quem não gostaria que tais promessas se realizassem bem como o "oásis" do outro? Particularmente os injustiçados com este pacto de agressão...
Passos Coelho não tem quaisquer bases para fazer tais afirmações. Nem é com o inscrever o limite para o deficite na Constituição - que outros países já deixaram cair - que se possa contribuir para isso. Até os militantes presentes na festa entre 4 paredes não aqueceram com tal futurologia.
A realidade é bem diferente. A recessão no nosso país continua a acentuar-se, agora com a queda do PIB no segundo trimestre em 1,2% em relação ao anterior semestre em que a queda em relação anterior tinha sido de 0,1%.
A própria zona euro entrou em recessão mesmo que a França e a Alemanha ainda tenham subidas de 0,3 % no PIB mas com uma evolução anterior até aqui que indica que as variações negativas estão quase a chegar para elas também. Portugal não é parte do Brasil ou da China. Foi metido à força nesta zona euro que entrou em recessão.
A recessão entre nós acentuar-se-á com a redução do mercado interno por via do empobrecimento forçado dos portugueses e com a queda do investimento, que o FMI estima em 12%. E até a almofada das exportações está a reduzir-se.
Todos os índices contradizem o Primeiro-Ministro.
O desemprego atingiu o valor recorde de 15%.. O emprego assalariado caiu 5% desde que se iniciou a aplicação do tratado da troika. As inscrições no ensino superior reduziram-se em 5% relativamente ao ano lectivo passado e os estudantes deste grau de ensino declaram-se maioritariamente dispostos a emigrar. Os salários em atraso aumentaram 16% no 1º semestre relativamente a período homólogo do ano passado. As rendas de casa decorrentes de contratos entre 66 e 90 vão subir 3,3%. E por aí fora...
Para se ser Primeiro-Ministro é necessário governar com o seu povo. Passos Coelho não tem essa opção ideológica. Tudo fez para satisfazer a banca e os grandes grupos económicos...Mas, além disso, continuar a mentir aos portugueses
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1 comentário:
Quem disse o que se sabe antes das eleições diz agora o que lhe parece conveniente para preparar nova investida.
Vem aí a confirmação de que não se vai cumprir nenhum dos objectivos do défice e da dívida e é preciso preparar terreno para mais austeridade.
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