domingo, 20 de dezembro de 2009

As alterações climáticas e a Conferência de Copenhaga




4. E as guerras, que contributo dão para o aquecimento global?

Em artigo de 2007, o professor Michael Klare, escrevia que sessenta litros de petróleo é quanto um soldado americano no Iraque e no Afeganistão consome em média diariamente - quer directamente, através do uso de veículos blindados, tanques, camiões e helicópteros, ou indirectamente, nos ataques aéreos. Se multiplicarmos este valor por 162.000 soldados no Iraque, no Afeganistão, 24.000 e 30.000 na região circundante (incluindo marines a bordo dos navios de guerra no Golfo Pérsico) chegamos então a cerca de 12,2 milhões de litros de petróleo, com as correspondentes emissões de dióxido de carbono, que ésãoa factura de petróleo por dia, durante operações de combate dos EUA na zona de guerra no Médio Oriente.


Por outro lado, em 2008, Oil Change International publicou um relatório mostrando que:

  • A guerra é responsável por pelo menos 141 milhões de toneladas de desde Março de 2003. Para colocar isto em perspectiva, o CO2 libertado pela guerra, até à data equivale a emissões de 25 milhões de novos carros que fossem postos a circular este ano nos EUA.

  • Entre Março de 2003 e Outubro de 2007, o militares dos EUA no Iraque compraram mais de 15 mil milhões de litros de combustível a partir da agência responsável pela obtenção e fornecim ento de produtos petrolíferos para o Departamento de Defesa. A queima destes combustível produziu directamente quase 39 milhões de toneladas de CO2.

  • As emissões resultantes da guerra do Iraque até ao momento são quase duas vezes e meia maiores do que as que seriam evitadas entre 2009 e 2016 na Califórnia para implementar as normas de emissão automática propostas pelo estado mas que a Administração Bush recusou.
  • Se a guerra fosse classificada como um país em termos de emissões anuais, iria apresentar valores de emissões de CO2 superiores às de 139 países, correspondentes a 60% do total de países.

O relatório também observou que as emissões associadas com a guerra no Iraque pura e simplesmente não são declaradas. As emissões produzidas pelos militares no exterior não são incluídos nos inventários nacionais de gases com efeito de estufa por todas as nações industrializadas, incluindo os Estados Unidos, no relatório sobre a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. E o seu valor é enorme.


A escalada da guerra no Afeganistão levará, naturalmente, a um grande aumento também nas emissões de gases com efeito de estufa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Na "mouche"!

Vale tb a pena consultar sobre alterações climáticas o seguinte blog: http://mitos-climaticos.blogspot.com/

Bom Natal!

Luísa Almeida