segunda-feira, 20 de abril de 2015

A História impõe à Europa que receba, acolha e integre estes imigrantes

Nas últimas décadas terão morrido em várias rotas migratórias para a Europa mais de 25 mil pessoas.

A Europa carrega a importância moral deste fenómeno.
Os colonizadores europeus em África despojaram os povos de vários países de condições mínimas de dignidade enquanto lhe saqueavam matérias primas, deixando de lado investimentos de desenvolvimento até à descolonização.
Mais recentemente as "Primaveras" árabes em países do Mediterrâneo fizeram implodir estados que ofereciam garantias desenvolvimento e coexistência de diversas tribos e nações. Ficaram no seu lugar bandos de  malfeitores que, entre outras coisas, traficam imigrantes para a Europa, sabendo que milhares deles irão morrer depois de lhes cobrar elevadas quantias. Há rotas particulares de tráfico humano para o trabalho ilegal escravo e a prostituição na Europa.
A agressão pela NATO em vários países do Médio Oriente pioram esta situação.
O envio por Israel e a Arabia Saudita, com o silêncio cúmplice dos EUA e UE,
 de estruturas do Estado Islâmico e Al Qaeda para zonas problemáticas para os seus interesses agravam a selvajaria da guerra.

Segundo a jornalista Lúcia Müzzel, no ano passado, a União Europeia pediu o encerramento da operação de salvamento Mare Nostrum, que, segundo a Amnistia Internacional, permitiu resgatar 170 mil pessoas. Os europeus avaliaram que, ao propor um sistema de resgate, acabaram estimulando mais viagens de embarcações ilegais.
Agora, a operação Triton apenas monitoriza o mar, mas não tem o objetivo de socorrer barcos em dificuldade. “A proporção dos salvamentos é muito reduzida, porque as operações não cobrem toda a parte central do Mediterrâneo e ainda menos as águas internacionais em alto mar, onde acontece a maioria dos naufrágios. Ou seja: sim, a União Europeia tem consciência do fato de que as pessoas estão perdendo vidas, mas por razões de controle do fluxo migratório e de gestão da imigração, e não para salvar vidas”, ressalta Jean-Fraçois Dubost, membro da Amnistia Internacional na França. “A Europa está comprometida com operações que não salvam ninguém.”

A União Europeia tem que tomar medidas para a defesa destes imigrantes, o seu encaminhamento para situações de vida legais que os defenda um pouco da exploração patronal.

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