quinta-feira, 25 de julho de 2013

Compromisso ou União Nacional? A política continua mas a luta também.

Não exagero quando designo por isso o que Cavaco quer fazer renascer com a convergência para a saída da crise na base dos 90% dos deputado portugueses. Numa situação de grave crise económico-social. Onde algumas manifestações autoritários se vão revelando.
O PS foi atraído para uma operação de dar vida nova a um governo moribundo que quer dispersar nele as consequências eleitorais próximas e tem a porta aberta para continuar a dialogar na base dos 90%, que Cavaco refere, mas que a crise já fez rever em baixa.

Dois novos ministros são pouco recomendáveis pelas razões já debatidas publicamente: um pelas responsabilidades que teve na SLN/BPN na altura da grande roubalheira, outra por herdar a conduta de V. Gaspar e por mentir reiteradamente sobre as SWAPs.
O terceiro, Pires de Lima, é um torcionário que despediu, da empresa que dirige, centenas de trabalhadores.

Após a posse do governo recauchutado, as declarações avulsas de ministros confirma que a política continuará a mesma e ninguém entre eles explica com que recursos o Estado vai poder desenvolver a economia e manter os compromissos do acordo com a troika, como se se pode falar de uma política de emprego quando jovens licenciados continuam a emigrar e os compromissos do tal acordo prevê centenas de milhares de novos despedimentos.
Milhares de inquilinos estão nestes dias, depois de confrontar a brutalidade de aumento das rendas,  a procurar contestar judicialmente a sua aplicação.
Diàriante os novos pobres juntam-se aos já existentes.
Ao contrário de alguns, que vêem nesta recauchutagem a vitória de uma orientação política adversa à anterior, dominada por V. Gaspar, e que criaria expectativas de deslocação da austeridade  para uma política de estímulo ao crescimento da economia e de combate ao desemprego, acho que os dados que aí estão mostram à evidência exactamente o contrário.

Mas os trabalhadores não vergam. Tal como foi a sua luta que levou ao fracasso da política anterior e não uma crispação entre duas correntes no governo, também daqui para a frente serão os trabalhadores a conter a política desacreditada desta mini-união nacional. Com reflexos no ambiente interno do governo e da Presidência da República.

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