As primeiras reacções aos propósitos da troika nesta sua governação conjunta com o governo apontam para a insistência na redução dos salários dos portugueses.
A troika não fez uma avaliação do seu próprio desempenho que levou ao aumento das dívidas (estamos hoje muito mais endividados que dantes), à redução do crédito e a mais falências, à maior facilitação dos despedimentos, à redução da receita fiscal resultante das quebras de produção e encerramentos de empresas com as faltas de crédito bancário
contracção do poder de compra e do mercado, o aumento de despesas da segurança social com a entrada de novos despedidos a quem são devidos subsídios novos. Só por estes resultados esta troika devia sentar-se no banco dos réus. O governo que foi mais longe, cortando os subsídios de férias e de Natal, que não tiveram qualquer consequência para a economia, antes se traduziram no aumento da pobreza efectiva, na redução do poder de compra, do mercado interno, da produção nacional e, enfim, em menos condições "estruturais" (aqui aplicadas em termos correctos) para combater os deficites e a crise já que a muleta das exportações corre riscos com os nossos parceiros comerciais internacionais a reduzirem importações.
Mas, não arrepiando caminho, agora insiste na redução dos salários, das indemnizações por despedimentos, no fim da contratação colectiva e portarias de extensão, na negociação contratual empresa a empresa.
Atribuir à chamada "rigidez laboral" (garantias no emprego e nos salários e outros direitos).como factor de desemprego é de uma hipocrisia gritante. O desemprego não resulta do emprego dos outros mas de encerramentos de empresas, de despedimentos colectivos. A contratação de novos trabalhadores é feita em menor número, com salários miseráveis e grande precariedade. É o regresso da tentativa de deslocar as lutas contra a exploração para eventuais lutas entre os que têm e não têm trabalho, entre mais novos mais explorados ou desempregados contra os que continuam a trabalhar tendo beneficiado da coesão de classe, do apoio do movimento sindical, de salários e direitos expressos na contratação colectiva.
A insistência do governo em prosseguir tais caminhos, indo mais longe ainda que a troika, vai encontrar pela frente, como aconteceu nos últimos meses em empresas e sectores, lutas contra a exploração de dimensão crescente.
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2 comentários:
E porque não manifs para mandar estas marionetas para a cadeia,juntamente com os fdp dos gajos da troika,que são a tropa de ocupação do nosso país?
Concordo!
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