quinta-feira, 27 de setembro de 2012

No sábado vamos travar novas medidas graves do governo contra os portugueses e o País

O recuo nas alterações à TSU não resultaram de uma súbita inclinação humanista do governo mas das reacções populares, com destaque para a manifestação de dia 15.

Porém o governo quer fazer entrar pelas traseiras agora medidas idênticas, em termos de rendimentos dos trabalhadores, que a população não tinha deixado entrar pela porta da frente. E como a CGT referia há dois dias "O Governo está a fazer um jogo de palavras para enganar os portugueses aos quais roubou os subsídios de férias e de natal de 2012.Quando fala em devolver o Governo mente, porque não vai devolver coisa nenhuma.
O que quer dizer é, simplesmente, que em 2013, pretende sonegar um subsídio, dos dois que tinha decidido retirar e o Tribunal Constitucional anulou por inconstitucionalidade.
Em circunstância alguma o Governo prevê devolver, de facto, os valores roubados aos referidos cidadãos."

Este tipo de medidas dos governo resultam das pressões dos grandes grupo económicas e grandes empresas monopolistas da prestação de prestação de serviços que recebem altas rendas e praticam "preços que degradam as condições de vida da população e as condições de sobrevivência de muitas PMEs, que são a parte mais importante das nossas empresas em termos de abastecimento do mercado interno (mas também externo), de satisfação das necessidades básicas da população, de manutenção de empregos e de meio de convívio social.
Os resultados da política do governo em termos de déficite, de emprego e de produção são um desastre. O pais está numa espiral recessiva

Como há dias aqui referimos, a CGTP apresentou propostas para a concertação social no sentido de se obterem cerca de 6 mil milhões de euros como contributo para reduzir o déficite. Essas propostas deslocavam a atenção dos salários dos trabalhadores para património e rendimentos do capital e para a redução de rendas ilegítimas. E calavam os que se refugiam no "não há alternativas" para não atingirem o capital e sim os que trabalham e os reformados e pensionistas. Octávio Teixeira referiu nestes dias que "a tributação de apenas 0,8 % do património, em acções, participações e outros títulos detidos por empresas e particulares residentes renderia 2,8 mil milhões de euros, tanto quanto se queria tirar dos trabalhadores com a TSU"
Também algumas propostas oriundas de confederações patronais vão num sentido semelhante aos que a CGTP e o PCP têm defendido. Ouvi hoje na Antena Um algumas empresas pelo presidente do PCP.

Os portugueses contribuirão neste sábado para conter as medidas que o governo quer fazer entrar pela porta traseira do orçamento e que não conseguiu entrar pela porta da frente...
No sábado saímos à rua porque uma vez mais se provou que vale a pena lutar!

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