A crise financeira, que no próximo ano, será de recessão generalizada já mostrou aos povos europeus que em tais dirigentes, pelo menos, não se pode ter confiança. Eles estão a conduzir-nos à bancarrota e à pobreza, deixando algumas economias de rastos. Por cá o governo distancia-se da Grécia, esquecendo que as medidas de Papandreo são semelhantes às suas e nos levam, uns anéis atrás, no mesmo vórtice.
De uma semana para a outra a cimeira de que "saíram medidas" esvaziou-se num conteúdo diverso do que tinha sido anunciado. Ocávio Teixeira foi claro nas suas apreciações feitas ontem no Jornal de Negócios e hoje na Antena Um.
Foi dada nova carta branca à especulação dos mercados financeiros e suas agências de notação, negando-se ao BE o papel de banco central que livrasse os estados-membros dessa tenaz. O Fundo de Equilíbrio Financeiro passa apenas a ser avalista de 20% dos empréstimos contraídos junto da banca privada. Pelo contrário, a recapitalzação dos bancos far-se-á com dinheiros públicos, com o consequente endividamento dos Estados a "preços do mercado", sem garantia de aplicação pela banca do esforço de recapitalização no investimento na actividade produtiva e no emprego e sem intervenção pública na sua gestão.
Na Grécia o "perdão" dos 50% da dívida dependente dos credores esfumou-se para dar lugar a mais austeridade. Face à iminência da queda do governo e de distanciamento da UE por pressão do povo revoltado, Papandreo tentou uma manobra de chantagem sobre os gregos, avançando com a marcação de um referendo, que seria completamente dominado na sua preparação por si e aliados conjunturais. Mas a coisa complica-se com o distanciamento de deputados e ministros do PASOK dessa opção por recearem uma vitória do Não. E a situação interna das Forças Armadas pode tornar o puzzle ainda mais arriscado.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
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