Não é a primeira vez que o Nobel da Economia exprime a sua discordância quanto a políticas de combate ao déficite que não resultem do relançamento da economia.
No jornal "i", do passado dia 26, volta à questão, referenciando o caso de Portugal. Aqui fica um pequeno excerto
"Cortar no défice com desemprego alto é um erro. Mas se os investidores desconfiam que estão perante uma república das bananas em que os políticos não enfrentam os problemas estruturais, deixam de comprar dívida e o défice dispara com os juros
O governo de Portugal caiu a pretexto de uma disputa relacionada com o programa de austeridade. Os juros da dívida pública irlandesa acabam de ultrapassar os 10% pela primeira vez. Já o governo do Reino Unido reviu em baixa as perspectivas económicas e em alta as previsões do défice.
Que têm em comum todos estes acontecimentos? Todos são provas de que a redução da despesa em períodos de desemprego elevado é um erro. Os defensores da austeridade prevêem que esta produza dividendos rápidos sob a forma de aumento da confiança económica, com poucos ou nenhuns efeitos negativos sobre o crescimento e o emprego; o problema é que não têm razão."
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1 comentário:
Não conhecia o texto publicado pelo "i". De uma maneira geral a imprensa limitou-se a divulgar notícia da Lusa, sobre o artigo de opinião que Krugman escreveu para o New York Times. Traduzi algumas partes e publiquei no meu blogue. Acho que também o "i" não escreveu as partes mais importantes. Contudo, acho que ainda assim merece o relevo que lhe deu.
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