sexta-feira, 30 de abril de 2010
Os conselhos de Cavaco e Soares
Frase de fim-de-semana, por Jorge
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Miguel Urbano Rodrigues sobre Sócrates (extracto)
Pertenço a uma geração que se tornou adulta durante a II Guerra Mundial. Acompanhei com espanto e angústia a evolução lenta da tragédia que durante quase seis anos desabou sobre a humanidade. Desde a capitulação de Munique, ainda adolescente, tive dificuldade em entender porque não travavam a França e a Inglaterra o III Reich alemão. Pressentia que a corrida para o abismo não era uma inevitabilidade. Podia ser detida. Em Maio de 1945, quando o último tiro foi disparado e a bandeira soviética içada sobre as ruínas do Reichtag, em Berlim, formulei como milhões de jovens em todo o mundo a pergunta «Como foi possível?» Hitler suicidara-se uma semana antes. Naqueles dias sentíamos o peso de um absurdo para o
qual ninguém tinha resposta. Como pudera um povo de velha cultura, o alemão, que tanto contribuíra para o progresso da humanidade, permitir passivamente que um aventureiro aloucado exercesse durante 13 anos um poder absoluto. A razão não encontrava explicação para esse absurdo que precipitou a humanidade numa guerra apocalíptica (50 milhões de mortos) que destruiu a Alemanha e cobriu de escombros a Europa? Muitos leitores ficarão chocados a por evocar, a propósito da crise portuguesa, o que se passou na Alemanha a partir dos anos 30. Quero esclarecer que não me passa sequer pela cabeça estabelecer paralelos entre o Reich hitleriano e o Portugal agredido por Sócrates. Qualquer analogia seria absurda. São outros o contexto histórico, os cenários, a dimensão das personagens e os efeitos. Mas hoje também em Portugal se justifica a pergunta «Como foi possível?» Sim. Que estranho conjunto de circunstâncias conduziu o País ao desastre que o atinge? Como explicar que o povo que foi sujeito da Revolução de Abril tenha hoje como Primeiro-ministro, transcorridos 35 anos, uma criatura como José Sócrates? Como podem os portugueses suportar passivamente há mais de cinco anos a humilhação de uma política autocrática, semeada de escândalos, que ofende a razão e arruína e ridiculariza o Pais perante o Mundo? O descalabro ético socrático justifica outra pergunta: como pode um Partido que se chama Socialista (embora seja neo-liberal) ter desde o início apoiado maciçamente com servilismo, por vezes com entusiasmo, e continuar a apoiar, o desgoverno e despautérios do seu líder, o cidadão Primeiro-ministro? Portugal caiu num pântano e não há resposta satisfatória para a permanência no poder do homem que insiste em apresentar um panorama triunfalista da política reaccionária responsável pela transformação acelerada do país numa sociedade parasita, super endividada, que consome muito mais do que produz.
(…)
O cidadão José Sócrates tem mentido repetidamente ao País, com desfaçatez e arrogância, exibindo não apenas a sua incompetência e mediocridade, mas, o que é mais grave, uma debilidade de carácter incompatível com a chefia do Executivo.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Nebulosa incubadora de novas estrelas
O róque e a amiga confirmaram uma alma gémea...
O paciente que tocou violino durante uma operação ao cérebro
O clip que se junta respeita a um violinista da orquestra de Minnesota, Roger Frisch, que foi afectado na sua capacidade de tocar por fortes tremores nas mãos, e em que se introduziram eléctrodos no cérebro para corrigirem a zona onde residia a incapacidade do músico, em interpretar particularmente algumas notas.
Assim, se pôde verificar se a intervenção estava ou não a afectar a capacidade musical do músico e se comprovou em tempo real o êxito a cirurgia. É a chamada técnica de estimulação cerebral profunda, alternativa à de terapêuticas com medicamentos.
Nos EUA tem 19% de insucesso, ficando sempre no paciente uma presença muito mais reduzida da perturbação durante a operção. Este músico pôde , no dia seguinte ao da intervenção ensaiar já com a orquestra.
Estes distúrbios neurológicos são muito frequentes no nosso país. Eu próprio tenho um deles, o tremor essencial (tremor familiar), que se transmite de pais para filhos, mas de reduzida intensidade.
Já se fizeram cá operações destas, como foi o caso de um camarada meu, que muitos de vós conhecerão.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Sócrates, Passos e os garrotes
As agências de rating tramaram-nos e abriram as portas a novas investidas dos especuladores.
Referenciando o “maior risco” decorrente da evolução do deficite das contas públicas, essas agências, não democraticamente eleitas mas oráculos dos mercados financeiros, irão provocar uma nova pressão especulativa que se traduzirá na subida das taxas de juros de novos empréstimos obtidos por instituições financeiras portuguesas, que os passarão para os seus clientes.
Resultados: Crédito mais caro a fazer estagnar ainda mais a economia, aumento dos spreads bancários para empréstimos contratados pelos clientes. Tudo, em última análise, se traduzirá na redução do mercado interno, na queda da actividade produtiva e na pressão para importar mais, ambas geradoras da elevação da despesa pública e em novos patamares da dívida que subirá em espiral.
Os bancos podem sair ilesos nos seus lucros, o mesmo acontecendo aos prémios e remunerações das grandes empresas aos seus administradores. Que se têm rebelado contra tentativas do Presidente da República e mesmo do Governo, dando voz à indignação pública, de os considerar despropositados e escandalosos.
O PSD bateu-se contra o PEC mas Passos Coelho foi hoje falar com o Primeiro-Ministro. Desta conversa é de esperar a viabilização pelo PSD na AR, de uma maior rapidez nas medidas gravosas contra a população e outras ainda não expressas nesse documento orientador da política económica e financeira. Dela não deverá sair nenhum assomo patriótico que nos livre do eventual afundamento com outros países da EU, de gestos firmes contra o garrote dos especuladores, contra os condicionamentos que a banca coloca ao crescimento económico bem como sobre o aumento da actividade económica e sua produtividade e da inversão das opções do governo de reduzir o mercado interno, congelando ou reduzindo remunerações e outros direitos dos trabalhadores, que naturalmente lutam e se defendem com os meios de que dispõem.
A luta vai continuar e os campos terão que se ir definindo.
domingo, 25 de abril de 2010
25 de Abril, sempre!
sábado, 24 de abril de 2010
Até sempre, Sofia Ferreira
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Frase de fim-de-semana, por Jorge
quinta-feira, 22 de abril de 2010
As lições da história mais recente
Circulando na net
Ministro: Olha, olha... E.stá tudo bem?!
Empresário: Eh pá, mais ou menos, tenho o meu filho desempregado. Tu é que eras homem para me desenrascar o miúdo.
Ministro: E que habilitações tem ele?!
Empresário: Tem o 12.º completo.
Ministro: E o que sabe fazer?!
Empresário: Nada-. Sabe ir para a Discoteca e deitar-se às tantas da manhã!
Ministro: Posso arranjar-lhe um lugar como Assessor. Fica a ganhar cerca de 5000, agrada-te?!
Empresário: Isso é muito dinheiro, com a cabeça que ele tem era uma desgraça não arranjas algo com um ordenado mais baixo?!
Ministro: Sim, um lugar de Secretario já se ganha 3000 !...
Empresário: Ainda é muito dinheiro, não tens nada volta dos 600/700 ???
Ministro: Eh pá, isso não.Para esse ordenado tem de ser licenciado, falar inglês , dominar a informática e tem de ir a concurso, obviamente!!!...
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Que fazer com estes jovens?
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Novo encosto à box...
segunda-feira, 12 de abril de 2010
domingo, 11 de abril de 2010
Lá vem a revisão constitucional...
sábado, 10 de abril de 2010
Estado fora de negócios para acabar com a corrupção?
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Frase de fim-de-semana, por Jorge
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Andam a remexer nos nossos bolsos...
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Os objectivos do Mexia
terça-feira, 6 de abril de 2010
O que importa...
segunda-feira, 5 de abril de 2010
De regresso, com o Xico, amigo do coração
Bom dia juventude!
Ora cá estamos nós, quatro semanas depois de uma operação ao coração para substituir a válvula aórtica (à esquerda na figura), que há muito não estava eficaz e me deixava num estado de canseira quase permanente. Era uma operação desejada.
Internado que fui, depois de um dia de preparação, lá me injectaram os líquidos e só acordei um dia depois, sentindo-me como se tivesse passado um eléctrico da Carris por cima – a expressão foi do cirurgião, um bom profissional, que várias vezes nos pôs a rir na enfermaria, a mim e outros companheiros de (in)fortúnio.
O primeiro dia foi de KO quase permanente: não sabia onde estava, quem me rodeava, em que patamar da loucura estaria situado. As imagens nocturnas foram caóticas.
Os dois dias seguintes foram melhores. Família, consciência, a responsabilidade de manter na sua função 35 agrafos, de me abraçar quando a tosse vinha para não abrir esse fecho éclair com que me tinham condecorado. Passei essas duas noites como se tivesse o ecrã do computador à minha frente, no qual ia fazendo o download de imagens diversas. Dei comigo várias vezes a digitar um teclado inexistente.
Ganhei a consciência de que me tinham aberto, mexido na fonte dos afectos, metido um zingarelho designado por prótese valvular mecânica, do tipo St Jude Nº 25 Rg Ao, e fechado, com algum “arame” a consolidar a relação do externo com as costelas. A prótese já a baptizei como Xico, em homenagem ao meu primeiro gato. Que, com os demais componentes cardíacos regressou à gaiola, onde tudo se anda a acomodar, depois de 62 anos de uma acomodação diferente.
Fomos tratados nas palminhas por médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares. Cinco estrelas para a Cardiologia e a UTIC do Hospital de Santa Maria!
O meu vizinho do lado era, com 45 anos, um veterano de novas válvulas que ia substituir uma delas, bem-disposto, e que se queria despachar daquilo tudo.
As coisas foram-se compondo até umas arritmias terem dado um arzinho de sua graça o que prolongou a estada por mais uma semana.
Em casa estou recuperando os equilíbrios, o funcionamento normal dos sistemas. E por aqui estou mais algum tempo até atingir a recuperação para a chamada vida normal.
O Xico, esse, passou a fazer parte dos meus amigos do coração.