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Blogue de António Abreu - Pontos de vista de esquerda,com a preocupação de tornar melhor a vida do ser humano e de contribuir para esse combate, abertos às opiniões de quem nos queira visitar
Segundo a ZON, "Desde 2003 é gestor global dos Canais Lusomundo e responsável pela totalidade das operações da Lusomundo Audiovisuais, nomeadamente nas vertentes de distribuição de cinema e Home Vídeo Durante a sua actividade profissional tem sido responsável pela selecção, aquisição e programação de uma grande variedade de obras, nomeadamente filmes, documentários, animação, séries."
Numa altura em que se fala num Pacto para o Emprego, Eugénio Rosa, com base num estudo do Governo sobre "Emprego, contratação colectiva de trabalho e protecção da mobilidade profissional em Portugal", desmonta a perspectiva de emprego prometida nos PEC 1 e PEC 2.
Como é que se pode falar num "Pacto para o Emprego" quando, para além da situação que os próprios dados de um estudo do Ministério do Trabalho revelam, se aprova um "PEC1" e um "PEC2" que contém medidas que vão inevitavelmente determinar um menor crescimento económico (e o Banco de Portugal já tinha previsto que em 2010 seria apenas de 0,4%) e uma maior destruição de emprego e, consequentemente, o aumento rápido do desemprego que os dados do INE, do Eurostat, e mais recentemente da OCDE mostram que é uma situação cada vez mais insustentável (recorde-se que, perante a fraqueza do governo de Sócrates, a Comissão Europeia veio exigir novos cortes no défice em 2011 no montante de 2.500 milhões € o que se for aceite, torna a situação ainda mais insustentável)? Como é que se pode falar de "Pacto para o Emprego" quando se prevê a perpetuação das baixas qualificações em Portugal, e quando os salários reais diminuem e afastam-se cada vez mais dos salários médios da UE? Como é que se pode falar seriamente de um "Pacto para o emprego" quando se impõe a caducidade administrativa de um número crescente de Contratos Colectivos de Trabalho deixando de fora da protecção da contratação colectiva milhares de trabalhadores? Como é que se pode falar em Pacto para o Emprego, o patronato apoiado no poder dado pelas leis aprovadas pelo governo do PSD/CDS e pelo governo de Sócrates impõem salários contratuais que se afastam cada vez mais dos salários reais? São estas as questões que se deixam aqui para reflexão.
1. O Quirguistão é um país quase totalmente montanhoso e sujeito a graves terramotos. O país fica na junção de dois grandes sistemas montanhosos da Ásia Central, o Tien Shan e o Pamir, que compreendem uma série de cadeias de montanhas, que vão do leste para o oeste. Mais da metade do território da república situa-se numa elevação de aproximadamente
A composição étnica é no total da população de 4,7 milhões (2000), sendo quirguizes 52%, russos 22%, uzbeques 13%, ucranianos 2,5%, alemães 2,4%, tártaros 1,6%, outros 6,5% (1996).
A nacionalidade é kirguiz, o kirguiz é a língua oficial, seguida pela Rússia. No que respeita à religião prosseguida: islamismo 70% (sunitas), cristianismo 5,7% (ortodoxos russos), outras 24,3% (dados de 1997).
Os principais partidos são o Comunista Quirguiz e o Social-Democrata da Quirguízia. E o legislativo é bicameral, com uma Assembleia Legislativa de 35 membros e a Assembleia do Povo com 70 membros. Ambos eleitos por voto directo para mandatos de cinco anos. A constituição actual está em vigor desde 1993.
2. Tal como outros países da Ásia Central, ex-soviéticos, depois do colapso da URSS, adaptou pouco a sua estrutura e composição política.
O presidente Askar Akayev foi deposto por um golpe organizado pelos EUA, em 2005, assim que se concretizou um compromisso de apoio financeiro por parte da China, potência interessada em alargar a sua influência regional.
Sucedeu-lhe Kurmambek Bakiyev, aliado dos americanos que concedeu aos EUA uma base militar, a pretexto da luta antiterrorista que os EUA que puseram em prática para “legitimar” o seu avanço para uma zona rica em petróleo que os acercava dos territórios da Rússia e China. No caso do Quirguistão salienta-se ainda uma importante mina de ouro descoberta do tempo da URSS (e gerida pelo Canadá, com o apoio dos EUA) e outros minerais utilizados em meios estratégicos, como o urânio e o antimónio.
A “revolução túlipa” fez entrar no país ONGs apoiadas e dirigidas pela administração americana em todo o processo de liquidação do mundo socialista.
Este presidente assumiu políticas de privatização, aumentos de preços e pauperização de importantes sectores da população e tinha prevista uma alteração constitucional que previa uma sucessão dinástica dos altos cargos e, por isso, viria a cair na sequência de uma revolta popular muito bem organizada, num processo em que os rebeldes chamaram a si a polícia e o exército, deixando o presidente deposto sem apoios para retomar o poder. Os EUA começaram por apoiar Bakiyev, mas em poucos dias acabaram por ir ao encontro dos revoltosos, que rejeitaram um outro sucessor presidencial que os EUA fizeram avançar – Eliseev.
Os revoltosos formaram, um governo provisório, dirigido pela senhora Otosenbaieva que, entretanto, obteve apoio económico dos EUA (garantindo a continuidade da sua base) e URSS mas não a intervenção militar deste pedida pelo governo provisório à Rússia.
3. Há portanto 3 grandes potências a observar a situação, que ainda não se pacificou.
Os EUA, que aspira ao império mundial, querendo alargar a sua presença e domínio em países a muitos milhares de quilómetros das suas fronteiras. A Rússia e a China que partilham preocupações sobre o “contágio” em possíveis conflitos no seu próprio território que aproveite conflitos entre etnias, sobre a segurança dos meios energéticos e sobre a aproximação dos seus territórios de bases militares norte-americanas.
A China, em particular, está interessada em manter o seu papel de liderança de uma economia regional onde tem actuado com grande eficácia e não aceitar que esta seja “tutelada pelos EUA”.
Na introdução os autores salientam
"A crise económica é acompanhada por um processo de militarização do mundo inteiro, uma "guerra sem fronteiras" liderada pelos Estados Unidos da América e pelos seus aliados da NATO.
A condução de uma "guerra" longa pelo Pentágono
está intimamente relacionada com a reestruturação da economia. O colapso dos mercados financeiros no período 2008/9 foi resultado de fraude institucionalizada e manipulação financeira. Os apoios aplicados às instituições da Wall Street (bank bailouts) traduziram-se na maior transferência de riqueza em dinheiro da História e criaram, simultâneamente, uma dívida pública inultrapassável.
Com a deterioração dos padrões de vida a nível mundial e a queda das despesas dos consumidores, toda a estrutura das trocas comerciais internacionais passou a estar em perigo.
O sistema de pagamentos de transacções em dinheiro foi afectado. Após o aumento do desemprego, interrompe-se o pagamento dos salários, o que provoca por um lado uma queda das despesas em bens de consumo e em seviços de primeira necessidade.
Esta queda drástica do poder de compra sabota o sistema produtivo e daí resultam novos despedimentos, encerramentos de unidades produtivas e falências.
Agravada pelo congelamento do crédito, a queda da procura do consumidor contribui para a desmobilização dos recursos humanos e materiais".