quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cooperação petrolífera sem guerra



O ano que passou foi marcante no que respeita à “guerra da energia”. Sucessivos acontecimentos provaram a capacidade de países produtores da Eurásia fazerem entre si acordos com que os EUA nada têm a ver. Com impacto, portanto, na descentralização de iniciativas que favoreçam desenvolvimentos regionais. É a razão a falar mais alto que a guerra que tem assolado o Iraque, o Afeganistão, e que pode afectar o Iémen, determinada pelos esforços “ocidentais” de dominarem a produção, a distribuição e os preços do petróleo, muito longe dos seus próprios territórios.

Em Janeiro foi inaugurado o gasoduto que liga o norte do Irão, na bacia do Mar Cáspio com às jazidas petrolíferas do Turquemenistão. Em Dezembro a abertura de um novo oleoduto que junta as novas jazidas da Sibéria à China e aos novos mercados asiáticos do Pacífico, com um orçamento de 22 biliões de dólares. E ainda em Dezembro a inauguração do gasoduto chinês e do terminal petrolífero junto ao porto de Nakhodka na Sibéria Oriental.

Como poderá ler mais desenvolvidamente neste artigo, poderá assim ficar aberto um caminho de harmonização de interesses em conflito entre China, Rússia e Irão com vista a uma cooperação pacífica vantajosa para toda a Eurásia.

Sem comentários: