domingo, 2 de fevereiro de 2014

Os combates dos nossos dias

Ontem as manifestações contra o governo voltaram às ruas de Lisboa e do Porto. Depois do início do ano já protestos localizados  ocorreram numa série de situações, a mais recente na Associação Nacional de Freguesias contra Poiares Maduro, que com Relvas criaram verdadeiras aberrações nas fusões das freguesias. Não as compensando pelo acréscimo de responsabilidade que resulta de a passarem a terem de acorrer a territórios superiores aos de muitos municípios
O mesmo Poiares Maduro revela que, com a concessão de exploração da RTP, acelerada para ainda cair no mandato deste governo se não for demitido entretanto, as taxas de TV mais caras são para pagar despedimentos na empresa!

Há cortes em salários e pensões que vão ser adiados para depois das eleições europeias para depois serem aplicados rectractivamente de um só golpe...
O governo, para tornear chumbos do Tribunal Constitucional, vai dar prioridade na definição para o patronato que o grande critério para os despedimentos dos trabalhadores passe a ser a avaliação do seu desempenho...
A luta vai continuar. É certo que há quem tenha momentos de descrença, expressando alguns que isto "já lá não vai com manifestações nem com eleições" por o governo ainda não ter sido derrubado. Essa descrença não pode ser um guia para a negação do combate.
Temos que levantar de novo vontades e fazer surgir outras. Todos os sectores incluindo os militares e militarizados, as polícias vão assumindo uma consciência de que tal estado de coisas não pode continuar e poderão expressá-lo colectivamente de diversas formas.
Importa não deixar nenhum companheiro para trás. Isso ajudará a que consigamos derrubar este governo no mais curto prazo de tempo.

Tanbém no plano internacional  factos há que prendem a nossa atenção.
Na Ucrânia a extrema direita, ao som de slogans nazis, pôs o centro da cidade de Kiev num caos. Queimou, partiu, fez barricadas e incendiou pneus, partiu para o combate contra as forças policiais. Em nenhum país do mundo isto seria tolerado. A administração está bloqueada e o país não avança. Mas o governo português vê auspiciantes sinais na fractura do país que isto está a provocar, mesmo que as recentes decisões da Fed norte-americana vão abalar a Europa. Quererão os actuais membros do euro ou da Eurpa sem euro espoliar a Ucrânia?  Os EUA e a UE apoiam esta revolta, abertamente, sem pingo de vergonha. Se isto ocorresse entre eles já tudo teria voltado à normalidade, com cargas policiais, remoção de entulho e limpeza de zonas emblemáticas das suas cidades. O que está em jogo também é a captação da Ucrânia para a UE e a NATO, país que forma longa fronteira terreste e marítima com a Rússia. A NATO e os EUA nunca esconderam que os seus próximos golpes serão contra a Rússia e a China.
Não me referirei a outros temas internacionais.
Basta que neste caso não nos deixemos embalar pela persistência dos media internacionais e correspondentes mais papistas que o Papa nem pelas dúvidas que possam merecer algumas atitudes da Rússia em se querer proteger nem de Ianukovitch que se fosse odiado pelo seu povo há muito teria caído.

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