Já não é a primeira vez que o governo consegue repescar um
aspecto de uma questão mais complexa para gritar por sinais positivos da sua
governação.
Há dias foi a estimativa rápida do 4º trimestre do ano
passado. Segundo o INE, nesse trimestre o PIB cresceu 1,6% comparativamente com
trimestre homólogo de 2012 e ao fim de 11 trimestres consecutivos de variações
homólogas negativas. E que a recessão se tinha atenuado. Houve até quem
reparasse que teria sido na EU o que cresceu mais. Vã glória!...Quando o que
importa ressaltar foram esses 11 anos consecutivos de perdas nunca antes
verificados. Quando se chega ao fundo não se pode descer mais…
E importa referir que 2013 foi mais um ano de recessão, com
queda do PIB de 1,4 %, quando o país nunca tinha estado em recessão consecutiva
durante três anos. A isso correspondeu a destruição de riqueza produzida de
cerca de nove mil milhões de euros, a uma destruição de mais de323 mil empregos,
à subida da taxa de desemprego real de cerca de 24% com cerca de 1,4 milhões de
desempregados e a uma emigração forçada de mais de 200 mil portugueses.
Importa ter em atenção que a queda do PIB previsto para 2013
é 40% inferior prevista no Orçamento de Estado para 2013!!
O governo pretende a
destruição do sistema de protecção social, de ataque aos serviços públicos
essenciais às populações, de desinvestimento que terá como consequência o
arrastamento da situação de degradação económica e social do País para garantir
aos grandes grupos económicos e financeiros, aos agiotas, aos especuladores uma
substancial renda à custa da ruína do País.
Também a recente venda de
dívida a 5% (mais do que é praticado com outros países europeus) tem mais
objectivos eleitorais e vai empurrar para a frente os juros que crescem, para
não falar da dívida que hoje é impagável.
Por tudo isto urge a demissão
do governo e a convocação de eleições antecipadas.
Mas também porque a democracia está a ser reduzida constantemente
Muitos portugueses nas
próximas eleições terão que repensar os votos que deram aos partidos do
governo, evitando quaisquer coacções e exercendo uma corajosa nova opção dos
votos na CDU, indispensáveis à ruptura com a política de direita e à construção
de uma política patriótica e de esquerda, que assegure um desenvolvimento
soberano e independente do País, de acordo com os interesses dos trabalhadores
e do povo.
Mas até lá há que continuar a luta para derrubar o governo!
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