
Na presente semana o governo andou a apanhar bolas pretas.
A tentativa de criar mecanismos de interferência na linha editorial da TVI através da compra pela PT de 30% do capital da TVI, detido pela PRISA, com a garantia dessa ingerência, saiu gorada. Obviamente que o governo conhecia os contactos entre a PT e a TVI, que tinham o aval de Zapatero para a PRISA se poder livrar dessas acções e o governo teria simpatia pela operação garantidos que fossem esses mecanismos.

O governo jogou atabalhoadamente num terreno movediço e perdeu. E como perdeu, desinteressou-se do negócio quando diversas reacções inviabilizaram essa possibilidade de intervir na linha editorial e obrigou a PT a recuar com o negócio.Há coisas que ficam por esclarecer mas isto é o essencial da operação política que justificava o negócio.
A Fundação das Comunicações Móveis é o instrumento do governo para que algumas operações por ele desejadas se furtem a regras a que a administração pública está obrigada, nomeadamnente o concurso público e o visto do Tribunal de Contas. Daí ser uma fundação não privada mas do Estado e de direito privado a fazê-lo.
O universo de organismos dependentes do Estado, para permitir "maior agilidade" de algumas operações que assim escapam à concorrência para garantir a sua adjudicação a pessoas e empresas à partida definidas , há alguns anos que enxameiam o Estado, esvaziando de controlo democrático a despesa pública. O PS tem sido o seu grande impulsionador mas o PSD também foi convidado para esses almoços e soube-lhe bem.Alguns dos objectivos recentes realizados pela Fundação são conhecidos e ilustram razões dessa fuga. A nossa compreensão não estica ao ponto de que a fundação do andar de baixo do ministro, que operava com financiamento público, embora com capital simbólico das operadoras, fosse outra coisa que não esta que aqui descrevemos.
A terceira via Lisboa-Porto, para ceder às pressões das grandes construtoras, é outro dos
grandes investimentos mais que questionáveis pelos efeitos que terá na economia. É certo que ela gera trabalho, muito dele desregulado pela subcontratação sucessiva e permite tirar pessoas temporàriamente da pobreza. Mas isso pode ser feito, alternativamente, noutro tipo de investimentos dentro do próprio sector, como é o caso da opção pelo caminho de ferro.
grandes investimentos mais que questionáveis pelos efeitos que terá na economia. É certo que ela gera trabalho, muito dele desregulado pela subcontratação sucessiva e permite tirar pessoas temporàriamente da pobreza. Mas isso pode ser feito, alternativamente, noutro tipo de investimentos dentro do próprio sector, como é o caso da opção pelo caminho de ferro.
Outro amargo de boca foi a denúncia pela AECOPS e pelo Bastonário da Ordem dos Engenheiros das derrapagens dos custos de grandes adjudicações pelos trabalhos a mais que, com a maior leviandade e sem, por isso, serem criminalizados, vários Governos e Presidentes de Câmaras têm feito, fazendo assim desaparecer muitas centenas de milhões de euros do erário público, para gáudio de algumas construtoras...E, por falar em construtoras, a empresa que Sócrates e Manuel Pinho, trouxeram para pôr a laborar as minas de Aljustrel, salvando centenas de postos de trabalho, não arranca. Empresa
participada pela construtora de Jorge Coelho, não resolve esta questão mas quer mais auto-estradas...Mais uma vez os amigos deixam o governo mal na fotografia.
participada pela construtora de Jorge Coelho, não resolve esta questão mas quer mais auto-estradas...Mais uma vez os amigos deixam o governo mal na fotografia.E, para ficar por aqui, os produtores de leite estão em fúria contra a permissividade com as grandes superfícies que optam pela venda de leite de refugo espanhol a preços inferiores aos
nacionais. As vantagens desta integração europeia são música celestioal. As consequências não acauteladas da abertura do mercado, geram estas aberrações. Grupos sociais e actividades significativas para garantir trabalho e vida própria de comunidades são cilindradas por quem tem dimensão para ocupar um mercado multinacional onde pode amortizar grandes investimentos ter acesso a melhores condições de crédito e baixar preços de venda ao público que é irremediàvelmente atraído para opções onde o critério de qualidade deixa de estar ausente devido às dificuldades económicas que impõem apenas o critério do preço mais baixo. Quando estiver liquidada a produção própria do país esses mesmos grandes grupos imporão subidas de preços.
nacionais. As vantagens desta integração europeia são música celestioal. As consequências não acauteladas da abertura do mercado, geram estas aberrações. Grupos sociais e actividades significativas para garantir trabalho e vida própria de comunidades são cilindradas por quem tem dimensão para ocupar um mercado multinacional onde pode amortizar grandes investimentos ter acesso a melhores condições de crédito e baixar preços de venda ao público que é irremediàvelmente atraído para opções onde o critério de qualidade deixa de estar ausente devido às dificuldades económicas que impõem apenas o critério do preço mais baixo. Quando estiver liquidada a produção própria do país esses mesmos grandes grupos imporão subidas de preços.Quem semeia ventos negros, colhe tempestades negras.
1 comentário:
´São so esquemas e bolas fora...e nós a pagarmos tudo isto!!!
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