terça-feira, 30 de junho de 2009

Presidentes da Argentina e do Equador e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos acompanham Zelaya no regresso às Honduras


O presidente pediu ao povo e ao exército para o esperarem no aeroporto na 6ª feira. Zelaya será acompanhado pelos presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, do Equador, Rafael Correa, e pelo Secretário-Geral da OEA, José Miguel Insuza.

Enquanto isso, a Assembleia Geral da ONU aprovou, por unanimidade e aclamação, uma resolução cujo texto foi apresentado por Antigua e Barbados, Belice, Bolivia, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Nicaragua, República Dominicana, San Vicente e Granadinas, Brasil, Venezuela, Costa Rica, Perú, México, Chile, Uruguai, Argentina, Paraguai, República Árabe Siria, Estados Unidos, Canadá, Colômbia, Cabo Verde, Barbados, Guyana e Bosnia-Herzegovina.

Este processo foi o terceiro com resultado semelhante na América Latina. Antes aconteceu com alterações constitucionais equivalentes em que os presidentes Hugo Chávez e Evo Morales enfrentaram e derrotaram, com o povo nas ruas em massa, tentativas de golpes de Estado. Desses acontecimentos receberam mais força para realizar essas alterações que incluíram também importantes direitos, que estão a ser concretizados, em relação aos trtabalhadores, camponeses e comunidades indígenas.

Honduras: Zelaya diz que vai regressar ao país na 6ª feira




As Honduras entraram hoje no 2º dia de greve geral contra o golpe de estado. Ontem, atiradores furtivos de diferente prédios dispararam contra a multidão de apoiantes que não arreda pé das ruas e os militares investiram.
Zelaya disse aos militares para voltarem aos quartéis, para não continuarem a reprimir o povo. Ontem, segundo ele, ter-se-ão registado 135 feridos e 345 prisões.

Espera-se que Zelaya intervenha hoje na Assembleia Geral da ONU que está reunida a discutir o golpe.

Em entrevista em Havana, o Ministro dos Estrangeiros de Cuba deu conta de contactos com o seu embaixador em Tegucigalpa, onde este revelou que embaixadores de paíse latino- americanos foram espancados assim como a chefe do governo Patrícia Rojas no início do golpe. Esta foi detida mas já participou ontem na cimeira de Manágua dospaíses da ALBA com Zelayo (ver foto).

O silenciamento, após o primeiro dia do golpe, por parte de muita imprensa potuguesa e "ocidental", deste tema, retirando-o dos noticiários ou das primeiras páginas revela uma orientação oculta mas perfeitamente detectável. As atitudes de Washington são parcas e discute-se o eventual envolvimento de serviços secretos norte-americanops nos acontecimentos, apesar da reacção de Obama.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Zelaya ao "el pais": disseram-me que se não largasse o meu telemóvel, disparavam...


"Me decían: si no suelta el celular, le disparamos. Suelte el celular, señor, y todos apuntando sobre mi cara y mi pecho". Y ha añadido: "En forma muy audaz les dije: si traen orden de disparar, disparen, no tengo problema de recibir, de parte de los soldados de mi patria una ofensa más para mi pueblo, porque lo que están haciendo es ofendiendo al pueblo". El presidente hondureño ha dicho que como cristiano perdona a los que casi lo asesinan "en un momento determinado" y disculpa a todos los que "están haciendo esto".

Todo o apoio ao povo das Honduras em greve geral contra o golpe de Estado! Denunciar o papel vergonhoso que a CNN está a ter!

Organizações populares convocaram uma greve geral para ser iniciada hoje de protesto contra o golpe militar e pelo regresso ao país do presidente Manuel Zelaya, que o Parlamento, alinhado com o golpe "substituiu" pelo respectivo presidente na ausência dos deputados que se opuseram ao golpe.

O presidente da Federação Unitária de Trabalhadores de Honduras, Juan Carlos Barahona, disse à Agência Bolivariana de Notícias, em entrevista por telefone, que ''o povo vai manter a resistência'', concentrando-se diante da sede do governo e exigindo o regresso do presidente eleito pelo povo em 2005.''Também nos outros departamentos do país o povo está nas ruas, mobilizado'', disse Barahona.Os militares golpistas ameaçaram impor um toque de recolher em Tegucigalpa, mas Barahona disse que ele não será obedecido. ''A decisão que temos é de continuar nas ruas. Ninguém irá para casa nem abandonará esta luta'', afirmou.''Vamos desafiar esse toque de recolher dos golpistas e militares gorilas'', continuou. O termo ''gorila'', usado na América Latina do século passado para designar militares truculentos e golpistas, voltou subitamente à actualidade depois do golpe.
A representante do Sindicato dos Trabalhadores no Registro de Pessoas, Maritza Somoza, informou que a iniciativa da greve geral é apoiada por todos os trabalhadores, pelas confederações de organizações sindicais de Honduras.A sindicalista salientou que o movimento sindical hondurenho tem uma profunda motivação para apoiar o presidente. Argumentou que o governo de Zelaya foi o único que deu dignidade aos trabalhadores.''É a primeira vez que um presidente nos dá dignidade'', disse Maritza. Ela observou que, em resposta a essa dignidade, a bandeira do povo hondurenho será agora a convocação da Assembleia Nacional Constituinte .''A bandeira do povo hondurenho já não é a consulta, da qual participávamos de maneira simbólica, mas agora vai será a convocação da Assembléia Nacional Constituinte. Agora o que queremos é um governo que esteja diretamente nas mãos do povo'', disse a líder sindical.
Descreveu esse processo como ''o despertar do povo hondurenho''. ''Este povo já foi apático, nunca tínhamos visto que as pessoas respondessem como agora''.Maritza descreveu que, enquanto os trabalhadores apoiam o presidente Zelaya, a burguesia foge do país, tirando de Honduras os seus filhos e interesses económicos. Disse que o governo constitucional perdoou uma dívida de mais de 8,7 milhões de lempiras (moeda de Honduras) de várias empresas privadas, mas a burguesia continua a hostilizá-lo.

O deputado Marvin Ponce, do partido Unificação Democrática, que apoia Zelaya, avaliou que existem 50 mil pessoas em 37 cidades dispostas a resgatar o mandato presidencial truncado pelo golpe. Para Ponce, a mobilização acontecerá mesmo que haja repressão, pois a única saída para a crise é o retorno do presidente, o fim do ''governo usurpador'' e o julgamento dos deputados que estão apoiando o golpe.O deputado Tomas Andino Mencias, do mesmo partido, esclareceu que ele e seus companheiros não participaram da sessão do Congresso que entregou o poder a Micheletti. Segundo Mencias, os parlamentares legalistas estão sendo presos. Oito ministros também teriam sido presos, entre eles Patricia Rodas, ministra de Relações Exteriores, que fez um chamamento à resistência popular antes de ser detida. Patricia foi presa por militares encarapuçados e armados, na presença dos embaixadores da Venezuela, de Cuba e da Nicarágua, que a visitavam para lhe manifestarem apoio.

Enquanto as Honduras preparam a greve geral, a reacção mundial ao golpe deste domingo prenuncia um forte isolamento das forças que sequestraram e depuseram Zelaya. Mas Chávez apelou para que ninguém esmoreça diante de uma aparente acalmia.
EUA e EU condenaram o golpe e nenhum país está a reconhecer os seus reultados.
A OEA (Organização dos Estados Americanos) convocou uma reunião de emergência na sua sede em Washington, para discutir a crise hondurenha. O secretário-geral da Organização, José Miguel Insulza (chileno), pronunciou-se com clareza:''Estamos perante uma ruptura da ordem constitucional, que só pode ser catalogada como um golpe de Estado'', afirmou Insulza. Informou que estava em contacto telefónico com o presidente derrubado, que se encontra em S. José da Costa Rica.
No entanto, Barahona condenou duramente o comportamento da comunicação social, ligada ao poder económico das Honduras.''Se a comunidade internacional nos está a apoiar, é graças aos meios de comunicação de países irmãos, porque aqui em Honduras dos meios de comunicação que não foram calados só uma estação está a ser isenta”
A CNN, uma vez mais, está a fazer um relato desastroso, classificando o golpe como “sucessão forçada”.
(elaborado com base na imprensa e agências da América Latina)

domingo, 28 de junho de 2009

O dia de ontem nas Honduras

Sem preocupação em reconverter o "brasileiro" para português como o falamos, transcrevo notícia on-line de ontem cerca da meia noite (TMG) do "Vermelho" do PC do Brasil:

27 DE JUNHO DE 2009 - 16h26

Movimentos sociais de Honduras abortaram o golpe


Honduras se prepara para o referendo deste domingo (28), depois de frustrar uma tentativa de golpe contra o presidente José Manuel Zelaya. Com ajuda voluntária de 45 mil pessoas, dos movimentos sociais hondurenhos, o material eleitoral já se encontra nos 15 mil locais de votação.


As cédulas eleitorais foram recuperadas em uma base militar pelo próprio Zelaya, acompanhado de representantes de movimentos sociais, na quinta-feira (25). A ação de surpresa desbaratou um ''golpe de Estado técnico'' de setores da oligarquia hondurenha contra o presidente e o referendo.

Consulta decidirá sobre Constituinte

''Após 48 horas de muita desestabilização, tudo votou à normalidade'', disse Zelaya nesta sexta-feira. Ele advertiu porém que ''o perigo cessou, mas a ameaça sempre estará latente''.

O incidente teve início quando o presidente decidiu substituir o comandante do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general Romeo Vásquez, que se recusou a distribuir o material eleitoral. Quase ao mesmo tempo, o Congresso Nacional esboçou uma tentativa de declarar Zelaya ''incompetente para governar'', com apoio de uma manifestação de centenas de militares da reserva e da ativa, no centro de Tegucigalpa.

Além da reação firme de Zelaya e do apoio das organizações populares, a tentativa de golpe defrontou-se com uma unânime condenação internacional. A OEA (Organização dos Estados Americanos) e numerosos países latino-americanos expressaram sua repulsa. O Departamento de estado dos EUA também telefonou a parlamentares implicados no golpe ajudando a dissuadi-los.

Por decisão presidencial, a Polícia Nacional e as organizações sociais hondurenhas – sindicais, camponesas, estudantis e indígenas – substituirão os militares na garantia da ordem durante a consulta às urnas. Os eleitores hondurenhos decidirão neste domingo sobre a convocação, em novembro, de uma Assembléia Nacional Constituinte.

Fidel compara Zelaya a Allende

A tentativa de golpe em Honduras, abortada com apoio dos movimentos sociais, mereceu uma incisiva Reflexão do líder revolucionário Fidel Castro. Veja os trechos principais de Fidel:

''Faço uma pausa no trabalho que elaboro há duas semanas, sobre um episódio histórico, para solidarizar-me com o presidente constitucional de Honduras, José Manuel Zelaya. Foi impressionante ve-lo na Telesul discursando ao povo de Honduras. Denunciava energicamente uma trama reacionária para impedir um importante referendo.

Isso é a ''democracia'' defendida pelo imperialismo. Zelaya não cometeu a menor infração da lei. Não recorreu a um ato de força. É o presidente e o comandante em chefe das Forças Armadas de Honduras. O que acontecer naquele país será um teste para a OEA e para a atual administração dos Estados Unidos.

A corajosa conduta de Zelaya vai ficar na história. Suas palavras nos fizeram lembrar o discurso do presidente Salvador Allende, enquanto aviões bombardeavam o palácio presidencial do Chile, onde morreu heroicamente em 11 de setembro de 1973. Assim age um presidente e um comandante em chefe. O povo de Honduras nunca esquecerá esse gesto.''

Golpe de estado nas Honduras: uma multidão exige libertação do Presidente Manuel Zelaya sequestrado por militares

O povo das Honduras está a mobilizar-se para a Casa Presidencial de Honduras, na capital, Tegucigalpa, que foi invadida por militares e afugentou com pedras 200 militares que a cercavam. Os militares foram para o aeroporto com o presidente.
Os populares gritavam "Traidores, devolvam-nos Mel (Manuel Zelaya).

A Casa Presidencial continua em poder dos militares. O canal de televisão e outros órgãos de comunicação social que não apoaram o golpe foram encerrados.

Os militares começaram o golpe cerca das 12 h (TMG) de hoje e o seu objectivo foi impedir a consulta popular que a Presidência ia promover para, a título consultivo, saber a opinião sobre a realização de uma reforma constitucional.

Os militares detiveram o Presidente, Manuel Zelaya, que estará preso na base aérea, informou o seu secretario pessoal, Enrique Reina, aos jornalistas presentes. "Militares levaram o presidente de sua casa para a forçaa aérea. Estamos a fazer a denuncia internacional”.
Algumas fontes referem que o Presidente poderá ter sido levado para a Costa Rica .
A Uniã europeia condenou o golpe mas os EUA ainda não se pronunciaram.

Na Festa do Porco do Adicense

O páteo a meio da Calçadinha da Figuieira é acolhedor. Uma loja de artesanato. Um rés-do-chão de apoio ao serviço. Uma grelha larga cujo fumo não incomoda. A inevitável janela com roupa interior a secar. Nas mesas grupos de amigos do Adicense, fadistas convidados, alguns autarcas. Uns cento e tal convivas sentados que despacham boas sardinhas com salada mista, umas febras com batata frita, chouriços assados e umas entermeadas, tudo regado com vinho e sangria. Rematando com arroz doce e muitos fados.
Quem não teve lugar sentado, sentou-se nas escadarias da calçadinha, que ligam o recinto à Rua Norberto Araújo, onde está a sede do clube, também de apoio ao evento, e um balcão para que os apeados degustem os comes e os bebes.
Subindo a rua, e as suas escadinhas a pique, com a muralha à esquerda, chegamos às Portas do Sol.



Este ano o Adicense excedeu-se e os convivas tiveram direito a um chapéu de palha vermelho e a cadeiras novas de napa, vermelha também...



Cada fadista convidado canta dois excepto o apresentador que nos serve quatro. Nas fotos acima lá estão eles: o apresentador, com a voz bem trabalhada, o António, decano praticante desde os 6 anos, a Alice Nunes, com garra, o Benjamin de Sousa uma força da natureza misto pegador de touros e rouxinol,o Jaime Alves, requintado e grande animador da colectividade ,com muito sentimento, o Mário Augusto, de voz bem timbrada, a Benvinda Ornelas, empertigada, vinda do Porto Santo, o Eurico, aprumadinho, e o impagável Luís Vicente. Lugar de destaque para o Manuel Gomes e o Fernando Gomes, respectivamente à guitarra e à viola, bem à atura dos acontecimentos.

O pessoal do Adicense trabalha que se desunha. Um abraço do meu grupo para o presidente, o Virgílio, sempre com ar de jovem, o ZéZé e a sua bigodaça, a Ana, a nossa bonita "assistente de bordo" e ao Manel, de perfil respeitável do . Mas estariam lá mais uns dez a trabalhar.




Porquê chamar à festa "do porco", neste que é um arraial como outros de Alfama? Disse-me o Virgílio que desde que a fazem há uns 3o anos, compravam um porco que era ali assado no espeto. Mas este ano, com os porcos para o efeito a mais de setecentos euros, viste-lo...

Só os pingos nos tiraram de lá porque a festa do porco continuou. Ali a 50 metros estava o arraial de S. Miguel. Já tenho saudades de ontem à noite, desses amigos com quem trabalhei e convivi de perto, há quase 10 anos quando, sediado teambém a poucos metros deles, fui vereador da reabilitação urbana dos bairros históricos.

Alfama é linda!...Pois é.

sábado, 27 de junho de 2009

Honduras: destituição desencadeia crise política

O confronto do Congresso e do Supremo Tribunal com o presidente de Honduras, Manuel Zelaya (à direta na foto), em torno da destituição do chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Romeo Vásquez, abriu uma grave crise política no meio de acusações do governo de que seus oponentes prepararam um golpe de Estado.

O presidente reiterou que manterá a demissão. A pedido de Zelaya, o Conselho Permanente da OEA (Organização dos Estados Americanos) tratará o tema em reunião hoje.

O pano de fundo deste choque nas Honduras é a determinação de Zelaya em realizar um referendo nacional que abriria caminho para o seu projecto de convocar uma Assembleia Constituinte. A Carta actualmente vigente é de 1982.Se a população se revelar favorável a uma nova Carta nessa consulta, o governo incluiria, então, uma "quarta urna" na eleição geral de Novembro. Além de elegerem presidente, deputados e prefeitos, os hondurenhos votariam num referendo sobre a Constituinte. Romeo Vásquez, ultrapassando as suas competências, recusou apoiar logisticamente essa consulta e Zelaya demitiu-o.

A justiça e as autoridades eleitorais disseram que a consulta é ilegal. Mas o presidente diz que a Constituição actual não reflecte as necessidades do país. Os opositores seus sugerem que o objectivo do é introduzir a reeleição na Constituição, hoje proibida. Zelaya deixa o cargo em Janeiro.No dia de ontem, países-membros da Aliança Bolivariana para os Povos da nossa Américas (Alba) manifestaram o seu apoio ao presidente de Honduras e anunciaram que se mobilizarão caso haja tentativa de golpe de Estado.

Os países do bloco expressaram, numa mensagem oficial, o seu "mais firme apoio" ao governo de Zelaya "nas suas justas e decididas acções para defender o direito do povo hondurenho a expressar as sua vontade soberana e a incentivar um processo de transformação social". O bloco "declara que se mobilizará, junto ao digno povo hondurenho, face a qualquer tentativa da oligarquia de romper a ordem constitucional e democrática".

Na passada 5ª feira, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, denunciou a tentativa de golpe e disse que não ficará "de braços cruzados" perante a situação nas Honduras. "Ontem mesmo falei com Evo. Estamos dispostos a fazer o que tiver que se deve fazer para que seja respeitada a soberania e a vontade do povo de Honduras", revelou Chávez.

Do Partido Liberal, Zelaya liderou a adesão de Honduras à Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) em 2008. Anteriormente mais ligado à elite económica do país, aproximou-se depois dos sindicatos e do movimento indígena e ganhou a simpatia de parte dos 70% de pobres do país ao aumentar em 60% o salário mínimo desde 2006.Zelaya também recebeu o apoio do ex-presidente cubano, Fidel Castro, que comparou o presidente hondurenho ao ex-líder chileno Salvador Allende.

Pintura de Gil Teixeira Lopes



Festival de Teatro de Almada, de 4 a 18 de Julho


ESPECTÁCULOS
DIE ZOFEN AS CRIADAS04 Jul 2009 19:00Teatro Municipal de Almada - Sala Principal
QUARTETO PARA QUATRO ACTORES04 Jul 2009 22:00Escola D. António da Costa – Almada
VIEIRA DA SILVA PAR ELLE MÊME05 Jul 2009 22:00Teatro Municipal de Almada - Sala Eximental
CARTA AOS ACTORES06 Jul 2009 21:00Instituto Franco Português – Lisboa Auditório
DIALOGUE D’UN CHIEN AVEC SON MAÎTRE SUR LA NÉCESSITÉ DE MORDRE SES AMIS DIÁLOGO DE UM CÃO COM O SEU DONO SOBRE A NECESSIDADE DE MORDER OS SEUS AMIGOS06 Jul 2009 22:00Escola D. António da Costa - Almada Palco Grande
CORTAMOSONDULAMOS CORTAMOS E FRISAMOS07 Jul 2009 22:00Escola D. António da Costa – Almada Palco Grande
MENINA ELSE08 Jul 2009 21:30Fórum Romeu Correia – Almada Auditório Fernando Lopes-Graça
FILM NOIR08 Jul 2009 21:45Teatro Nacional D. Maria II – Lisboa Sala Experimental
QUARTO INTERIOR09 Jul 2009 22:30Teatro Municipal de Almada - Sala Pincipal
LA SERVANTE ZERLINE A CRIADA ZERLINA10 Jul 2009 19:00Teatro Municipal de Almada – Sala Eximental
RUSSKOIE VARÉNIE COMPOTA RUSSA10 Jul 2009 22:00Escola D. António da Costa – Almada Palco Grande
OF/NIET OU/NÃO11 Jul 2009 21:30Culturgest – Lisboa Grande Auditório

Governo: a semana negra...









Na presente semana o governo andou a apanhar bolas pretas.

A tentativa de criar mecanismos de interferência na linha editorial da TVI através da compra pela PT de 30% do capital da TVI, detido pela PRISA, com a garantia dessa ingerência, saiu gorada. Obviamente que o governo conhecia os contactos entre a PT e a TVI, que tinham o aval de Zapatero para a PRISA se poder livrar dessas acções e o governo teria simpatia pela operação garantidos que fossem esses mecanismos.
O governo jogou atabalhoadamente num terreno movediço e perdeu. E como perdeu, desinteressou-se do negócio quando diversas reacções inviabilizaram essa possibilidade de intervir na linha editorial e obrigou a PT a recuar com o negócio.
Há coisas que ficam por esclarecer mas isto é o essencial da operação política que justificava o negócio.

A Fundação das Comunicações Móveis é o instrumento do governo para que algumas operações por ele desejadas se furtem a regras a que a administração pública está obrigada, nomeadamnente o concurso público e o visto do Tribunal de Contas. Daí ser uma fundação não privada mas do Estado e de direito privado a fazê-lo.
O universo de organismos dependentes do Estado, para permitir "maior agilidade" de algumas operações que assim escapam à concorrência para garantir a sua adjudicação a pessoas e empresas à partida definidas , há alguns anos que enxameiam o Estado, esvaziando de controlo democrático a despesa pública. O PS tem sido o seu grande impulsionador mas o PSD também foi convidado para esses almoços e soube-lhe bem.
Alguns dos objectivos recentes realizados pela Fundação são conhecidos e ilustram razões dessa fuga. A nossa compreensão não estica ao ponto de que a fundação do andar de baixo do ministro, que operava com financiamento público, embora com capital simbólico das operadoras, fosse outra coisa que não esta que aqui descrevemos.

A terceira via Lisboa-Porto, para ceder às pressões das grandes construtoras, é outro dos grandes investimentos mais que questionáveis pelos efeitos que terá na economia. É certo que ela gera trabalho, muito dele desregulado pela subcontratação sucessiva e permite tirar pessoas temporàriamente da pobreza. Mas isso pode ser feito, alternativamente, noutro tipo de investimentos dentro do próprio sector, como é o caso da opção pelo caminho de ferro.
Outro amargo de boca foi a denúncia pela AECOPS e pelo Bastonário da Ordem dos Engenheiros das derrapagens dos custos de grandes adjudicações pelos trabalhos a mais que, com a maior leviandade e sem, por isso, serem criminalizados, vários Governos e Presidentes de Câmaras têm feito, fazendo assim desaparecer muitas centenas de milhões de euros do erário público, para gáudio de algumas construtoras...

E, por falar em construtoras, a empresa que Sócrates e Manuel Pinho, trouxeram para pôr a laborar as minas de Aljustrel, salvando centenas de postos de trabalho, não arranca. Empresa participada pela construtora de Jorge Coelho, não resolve esta questão mas quer mais auto-estradas...Mais uma vez os amigos deixam o governo mal na fotografia.

E, para ficar por aqui, os produtores de leite estão em fúria contra a permissividade com as grandes superfícies que optam pela venda de leite de refugo espanhol a preços inferiores aos nacionais. As vantagens desta integração europeia são música celestioal. As consequências não acauteladas da abertura do mercado, geram estas aberrações. Grupos sociais e actividades significativas para garantir trabalho e vida própria de comunidades são cilindradas por quem tem dimensão para ocupar um mercado multinacional onde pode amortizar grandes investimentos ter acesso a melhores condições de crédito e baixar preços de venda ao público que é irremediàvelmente atraído para opções onde o critério de qualidade deixa de estar ausente devido às dificuldades económicas que impõem apenas o critério do preço mais baixo. Quando estiver liquidada a produção própria do país esses mesmos grandes grupos imporão subidas de preços.
Quem semeia ventos negros, colhe tempestades negras.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A FESTA DO JAZZ PORTUGUÊS DIAS 26, 27 E 28 JUNHO NO S. LUIZ


7ª FESTA DO JAZZ DO SÃO LUIZ
Sala Principal Jardim de Inverno Teatro-Estúdio Mário Viegas Spot São Luiz
Sexta das 21h00 às 2h00 Sábado das 14h00 às 2h00 Domingo das 12h00 às 2h00 M/3
Veja a programação em PDF aqui.

Frase de fim-de-semana, por Jorge


"Vou-me em busca do grande Talvez "


François Rabelais (1494-1553)
(ao morrer, segundo a lenda).

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Cartoon de Monginho

in Avante!

"As mulheres amigas", de Gustav Klimt



Assalto à TVI a 4 meses das eleições!...










A coisa está muito careca. As declarações de ontem de José Sócrates e da PT anunciando a intenção de compra de 30% da Media Capital quatro meses amtes das eleições em que o PS balança, de que a Prisa estaria a abrir mão por pressão de Zapatero, com o Primeiro-Ministro a brincar em debate parlamentar com o sai ou não sai de José Eduardo Moniz de director-geral por via desta transação, são, no mínimo surpreendentes.
Como isto não é um jogo do preto e do branco convem esclarecer que a TVI não é o meu paradigma de informação e programação (bem pelo contrário!!!) nem que subscrevo algumas impertinências e provocações, èticamente lamentáveis apesar de polìticamente oportunas de Manuela Moura Guedes.
Dito isto, o governo vai ter que esclarecer muito bem esta questão que adquire contornos de grande gravidade. E, porque nada é a preto e branco, não me custa reconhecer a oportunidade da denúncia feita por Manuela Ferreiras Leite ontem na SIC-Notícias.