terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Os EUA criticados em Davos

O Fórum de Davos não levou a lado nenhum mas nele foram apontados dedos aos responsáveis pela crise financeira e económica internacional. Não terá sido por acaso que a administração de Obama e os mais altos responsáveis da Wall Street não se fizeram representar.

O Wall Street Journal, na edição de 29 de Janeiro fez ênfase particular em que a Rússia e da China tinham criticado o sistema económico norte-americano, e identificando-o como o responsável pela crise económica.
Implicitamente, mas não nomeando os EUA, o dirigente chinês Wen Jiabao disse que a crise financeira se deveu a políticas macroeconómicas inadequadas de algumas economias e ao modelo insustentável de desenvolvimento caracterizado pela prolongada baixa poupança e alto consumo e excessiva expansão das instituições financeiras em busca cega do lucro.
Putin, em contrapartida, criticou com vivacidade o mundo unipolar, dizendo que é perigoso assentar no dólar, e apelando para o desenvolvimento de múltiplas, moedas de reserva regionais, para além dele. Também ridicularizou os empresários norte-americanos que, no ano passado, referiam que a economia da América estava forte e eram boas as perspectivas futuras. Putin, referiu mesmo que nos bancos de investimento de Wall Street o orgulho praticamente deixou de existir para ainda referir que o sistema de crescimento económico, em que um centro regional imprime dinheiro sem tréguas e consome riqueza material, enquanto outros centros regionais fabricam produtos barato tem sofrido um grande revés.

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