Perante uma plateia de jotinhas, Maria Luísa Albuquerque, a propósito de estímulos à natalidade, num assomo bíblico, convidou-os (as) a "crescerem e multiplicarem-se!". Veio-me à memória, num contexto e sentido diferentes, um slogan do PSD, pintado em paredes no final dos anos 70 "Hoje somos muitos, amanhã seremos milhões". Na altura o pessoal de esquerda escrevia por baixo "Tomem a pílula".
Desta vez a reportagem era pouco clara porque se terá falado lá também de contracepção e estímulos à procriação referindo que os cofres de Estado estarão cheios...
MLA mostrava-se eufórica com esta liquidez toda mas esqueceu-se de referir o carácter conjuntural e reversível da causa dos cofres cheios. Beneficiamos da queda do preço do petróleo, imposto pelos EUA como sanção à Rússia que atingiu outros grandes países produtores de petróleo como Angola, Venezuela, Brasil, tudo países cujos regimes políticos sufragados pelos respectivos povos, o Tio Sam gostaria de ver alterados Beneficiámos, é certo, da desvalorização do euro em relação ao dólar e da queda das taxas de juros. Repito, tudo causas conjunturais reversíveis. Porque do plano de resgate e do aumento do PIB em termos adequados às necessidades, não saiu nada que conjurasse essa reversibilidade. Foi-se o poder de compra, os salários e os regimes de contratação benéficos ao relançamento da economia E a perda de património privatizado reduziu as condições para um volte-face já muito pouco provável com a eliminação da agricultura, indústria e pescas que PSD, PS e CDS realizaram para cumprir os desígnios do "mercado único".
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1 comentário:
Aqui, faltou a poesia.
:(
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