O Luís, meu cunhado, partiu. Não o quis ver nesta fase, nos Capuchos. Iria chorar e com isso ele não se iria sentir bem. Tive uma sensação semelhante com o acompanhamento da fase final dos meus pais.
O Luís foi um dos pilares de uma família grande que sempre tivemos, com diversas configurações. Nas festas, já com a doença, tinha uma participação activa, com uma voz forte e as suas gargalhadas ecoavam na casa, brincando com a miudagem.
Sofreu muito nos últimos tempos, passou pelas aparentes melhoras que antecedem a morte.
A sua companheira, Teresa Candeias Bento teve um comportamento heróico, de firmeza, sofrimento não exposto e dando-lhe grande apoio. Os meus sentimentos, que já te dei Teresa mas também a minha admiração.
Foi um homem que teve uma vida cheia, nos combates do 25 de Abril, como sindicalista, e entre outras actividades foi administrador da EPUL, professor universitário, Presidente da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas e comentador convidado de rádios e televisões em que se destacou pela clareza, por um humanismo consequente.
Até já Luís, vais continuar connosco.
3 comentários:
Pêsames, António.
Não sabia que era da tua família.
Abraço
Era meu cunhado de um anterior casamento e um homem de quem muito gastei. Obrigado
Obrigada António! A vossa admiração era mútua. Um beijo
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