sábado, 8 de junho de 2013

Avenida Alvaro Cunhal

Hoje de manhã,  António Costa e Jerónimo de Sousa inauguraram a nova Avenida Alvaro Cunhal, atribuída pela Comissão de Toponímia após deliberação unânime da CML quando do falecimento do dirigente comunista. Nesta altura, o Presidente da CML fez uma declaração aos presentes na cerimónia e à comunicação social, de ue destaco a transmissão da Antena 1

Apelo de António Costa a "convergência" na inauguração da Avenida Álvaro Cunhal

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, apelou hoje à "convergência no essencial", na cerimónia de inauguração da Avenida Álvaro Cunhal, na freguesia lisboeta do Lumiar, durante a qual foi tocada "A Internacional".

O autarca socialista considerou que o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal acontece num tempo difícil, que "exige a nossa intervenção e não a nossa indiferença, a nossa ação e não a nossa submissão, a nossa convergência no essencial e não a nossa divisão no acessório. Precisamos de ideias, de causas, de esperança e de confiança no futuro", afirmou.

"Penso que o melhor tributo que podemos prestar a Álvaro Cunhal é olhar para aquilo que na sua vida e na sua luta nos pode inspirar, unir e mobilizar. Falo no seu exemplo de seriedade pessoal, da coragem na adversidade, da audácia na ação, da capacidade de resistir e de persistir, da clareza nos propósitos e objetivos, da firmeza e da tenacidade na luta", acrescentou.

Segundo António Costa, "qualquer que seja o juízo que se tenha" das ideias e do legado político de Álvaro Cunhal, "ninguém lhe pode negar a entrega total e pessoalmente desinteressada àquilo em que acreditava, a coerência firme e inflexível, a militância constante e determinada, a fidelidade e a devoção aos seus princípios ideológicos e políticos".

"Ao atribuir o nome de Álvaro Cunhal a uma avenida da nossa cidade, a Câmara Municipal de Lisboa cumpre a sua responsabilidade institucional na construção de uma memória coletiva aberta, plural, tolerante e atualizada", defendeu, acrescentando mais tarde que o líder histórico do PCP "era uma figura imprescindível no espaço público da cidade de Lisboa".

Questionado pelos jornalistas sobre se tinha feito um apelo a uma convergência da esquerda, António Costa riu-se e escusou-se a desenvolver o assunto.

2 comentários:

Anónimo disse...

Só pecou por tardia esta homenagem.

Anónimo disse...

Merecia outra rua, com mais importância, com mais visibilidade, com maior centralidade, com mais "dignidade" (passe a palavra, sem qualquer desprimor ou menosprezo para os moradores da zona).

Só falta que o grande eixo viário onde vai desembocar (que, esse sim, teria dado outro significado e alcance à iniciativa) venha a ser a futura Avenida Mário Soares.

Depois disto é de esperar o pior.