sábado, 1 de junho de 2013

Frase de fim-de-semana, por Jorge

"Há dois tipos de pessoas no mundo, 
os que querem saber e os que querem acreditar"

Friedrich Nietzsche 

filósofo, poeta, compositor e filólogo alemão 
- 1844/1900)

6 comentários:

Anónimo disse...

Apesar de não querer questionar o sentido, quem sou eu para duvidar da profundíssima reflexão de Nietzsche, sempre que procuro saber, e acontece quando isso acrescenta algo de válido ao que sou, tento, ao mesmo tempo acreditar que o conhecimento é possível, isto é, que aumenta a minha compreensão da realidade que me cerca. A realidade humana já que é esta a única cuja compreensão me escapa na larga maioria das suas ações, das suas ambição, etc. Procuro, pelo menos de vez em quando, acreditar que é possível compreender, mesmo que não aceitar, mesmo que para, apenas, para tolerar ou até condenar. Sei que não era, certamente, neste sentido dicotómico que Nietzsche falou. Mas, suponho, é necessária a crença de que o conhecimento é possível para ser conservar a resiliência face ao absoluto absurdo que continuamente entra, com violência, no nosso existir.

Anónimo disse...

Com o meu espírito científico prefiro SABER, do que acreditar.
M I

Bom fim de semana

bj

m.joão disse...

Muito interessante esta escolha de "frases de fim de semana"!
Igualmente interessantes as profundas reflexões que suscitam, tão anonimamente, quanto a sua discutibilidade aconselha.(LOL)

Bela viagem esta, feita pelo teu blog!

Beijo

M João

António Abreu disse...

A publicação das "frases de fim-de-semana".
Não é anónima. Jorge é um nome real de um colegameu do IST. Se ele não viu estes comentários, vou dizer-lhe

António Abreu disse...

Pouco falo sobre as peças publicadas. A colaboração do Jorge, que estimo muito, é livre. Gostaria de umdiálogo entre vós e ele.

Jorge disse...

Vou corresponder então ao convite do António, embora me pareça que pela sua parte não pode estar isento de participar no possível diálogo... ;)
Começo por esclarecer que a "frase de fim de semana" é uma mensagem que todas as 6ªs feiras envio por e-mail a um conjunto variado de amigos ou simples conhecidos e cuja finalidade principal (não visível no blog) é a saudação de "bom fim de semana!" com a qual, depois de transcrita a frase no original e traduzida, me despeço e semanalmente "revalido" a amizade ou a simples simpatia que em grau muito diverso nos une. A frase não é mais que o pretexto para esse "toque" periódico pelo qual estou a dizer "olá, eu estou aqui e não me esqueço que tu estás aí".
O António é um dos amigos que a recebe. Um belo dia, perguntou-me se me importava que a divulgasse no Antreus e assim começou esta rotina, com a publicação apenas da tradução (algumas vezes melhorada por ele) e com uma identificação mínima de cuja autoria já nem me lembro.
Relativamente ao conteúdo da frase, é importante saber que não as escolho por concordar (muitas vezes, discordo), mas muito mais pelo potencial de provocação mental que possam conter.
No caso desta última por exemplo, gosto do vigor da dicotomia do Nietzsche: a frase é panfletária, tem a virtude de contrapor à fé uma posição racionalista. Mas... passa por alto a falácia interna de cujo vício padece. De facto, não vejo as coisas dessa forma tão simplista. O primeiro comentador Anónimo vai curiosamente ao encontro da minha posição e, com uma modéstia louvável, põe o dedo na ferida:
quando digo que prefiro saber a acreditar, estou a esconder que vou ter de acreditar nalgum saber... Sou de formação científica e não tenho outra palavra para valorizar o conhecimento científico como o mais valioso de todos os conhecimentos possíveis, senão dizendo que ACREDITO nele, na inteligibilidade da realidade, etc. Enfim, uma questão muito mais complicada do que parece à primeira vista, como sabemos...

Com as minhas mais gratas saudações pelo interesse,
Jorge