Yoani Sanchez é uma activista blogger contra a Revolução Cubana.
Mas quem se esconde atrás de seu site desdecuba.net, cujo servidor está hospedado na Alemanha pela empresa Cronos AG Regensburg, registrado sob o nome de Josef Biechele, que hospeda também sites de extrema direita?
Seu blog está disponível em pelo menos 18 idiomas (inglês, francês, espanhol, italiano, alemão, português, russo, esloveno, polaco, chinês, japonês, lituano, checo, búlgaro, holandês, finlandês, húngaro, coreano e grego). Nenhum outro site do mundo, inclusive das mais importantes instituições internacionais, como por exemplo as Nações Unidas, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, a OCDE ou a União Europeia, dispõem de tantas versões linguísticas. Nem o site do Departamento de Estado dos Estados Unidos, nem o da CIA dispõem de igual variedade.
Quem financia as traduções?
O jornal on-line do Senado brasileiro publicava hoje uma intervenção de uma senadora brasileira que transcrevemos
"Em pronunciamento nesta terça-feira (19), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) criticou o requerimento apresentado pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR) pela convocação, ao Plenário do Senado, do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, e do ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Ambos para se pronunciarem sobre a notícia de que o embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora, mobilizou militantes contra a blogueira dissidente Yoani Sánchez, que se encontra em visita ao Brasil.
Vanessa Grazziotin negou a existência de um complô dos militantes do seu partido, o PCdoB, juntamente com representantes do governo brasileiro, na Embaixada de Cuba, em mobilização contra a blogueira. A senadora disse que conversas entre membros do corpo diplomático não configuram uma "intromissão em assuntos de política interna". Ela afirmou também que os protestos enfrentados por Yoani Sanchez na sua recepção em aeroportos brasileiros fazem parte do "processo democrático" e que se trata do "direito de expressão dos jovens".
Vanessa Grazziotin disse que a dissidente Yoani Sánchez viajou com autorização do governo cubano. A senadora do PCdoB acrescentou ainda que a dissidente já foi contratada como correspondente de vários órgãos de imprensa internacional e, para isso, recebe salário regular sem que seus recursos sejam confiscados.
- Primeiro, acho que vale a pena lembrar o seguinte: essa cidadã cubana chega ao Brasil com visto concedido pelo governo cubano, livremente. Essa cidadã cubana que, de nossa parte, merece total respeito - declarou a senadora, que é presidente do grupo parlamentar Brasil-Cuba.
Vanessa Grazziotin concluiu seu discurso prestando solidariedade ao embaixador de Cuba e reiterando que "não faz sentido" a convocação de ministros para tratar desse assunto no Senado porque, segundo ela, é preciso discutir temas mais importantes e urgentes como a votação do Orçamento de 2013".
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