A WikiLeaks entrevistou há 3 dias o jornalista chileno Patricio Mery, que afirma que a CIA conspirou para desestabilizar o Governo do Equador e mesmo assassinar o presidente Rafael Correa.
Após
as decisões firmes do presidente Correa sobre a concessão de asilo
político a Julian Assange e o encerramento da base militar dos EUA
em Manta, os EUA não se poupam a esforços para prejudicar o governo
equatoriano, de acordo com Mery.
O
jornalista chileno sublinha que a CIA encobre e financia actividades
ilícitas com dinheiro do tráfico de drogas obtidas pela Polícia de
Investigações do Chile. Da Bolívia para o Chile entram todos os
meses "cerca de 200 quilos de cocaína", a fim de obter
fundos para financiar as operações contra Correa.
"As
drogas vêm para o Chile, e para a Europa e EUA, e isso gera
dinheiro". Mery escrevia no mês passado que "parte desse
dinheiro fica no Chile e as minhas fontes dizem-me que é utilizado
para desestabilizar o governo do presidente Correa".
Além
disso, no início do ano passado, a polícia italiana encontrou 40
quilos de cocaína em correio diplomático vindo do Equador. Nesse
momento cinco pessoas foram presas, incluindo um cidadão dos EUA.
Mery argumenta que esta ocorrência estavam envolvidos também
funcionários chilenos, e que ele tem meios para o provar.
O
Ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, disse
que a mala-correio foi inspecionada por cães policiais antes, no
Equador para a Itália e que depois viajou através de um "país
terceiro". O jornalista afirma que as drogas foram colocadas
dentro da correspondência diplomática equatoriana por pessoas
próximas da embaixada chilena em Quito. O saco que continha a droga
tinha um carimbo governo chileno é muito difícil de obter.
"Vi
esses selos diplomáticos e eram chilenos. O Equador não poderia
voltar a examinar o correio, por estar num terceiro país. O plano
era que o correio que tinha um rótulo chileno, chegasse a Itália
com selos do Equador". “Este foi um cenário criado para
prejudicar a imagem do Equador", observou Mery.
No
final de Outubro, o ex-embaixador britânico no Uzbequistão, Craig
Murray, revelou que a CIA ia destinar mais de 85 milhões de dólares para
evitar que Correa seja reeleito neste mês de
Fevereiro. Esse dinheiro seria gasto em campanhas de mídia para
difamar o presidente e o seu governo.
O
presidente do país latino-americano, por sua vez, tem reiterado repetidamente que o povo equatoriano deve estar vigilante contra uma
possível intervenção da CIA nas eleições presidenciais.
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