segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A CIA contra o presidente Rafael Correa com dinheiro da droga


A WikiLeaks entrevistou há 3 dias o jornalista chileno Patricio Mery, que afirma que a CIA conspirou para desestabilizar o Governo do Equador e mesmo assassinar o presidente Rafael Correa.

Após as decisões firmes do presidente Correa sobre a concessão de asilo político a Julian Assange e o encerramento da base militar dos EUA em Manta, os EUA não se poupam a esforços para prejudicar o governo equatoriano, de acordo com Mery.

O jornalista chileno sublinha que a CIA encobre e financia actividades ilícitas com dinheiro do tráfico de drogas obtidas pela Polícia de Investigações do Chile. Da Bolívia para o Chile entram todos os meses "cerca de 200 quilos de cocaína", a fim de obter fundos para financiar as operações contra Correa.

"As drogas vêm para o Chile, e para a Europa e EUA, e isso gera dinheiro". Mery escrevia no mês passado que "parte desse dinheiro fica no Chile e as minhas fontes dizem-me que é utilizado para desestabilizar o governo do presidente Correa".

Além disso, no início do ano passado, a polícia italiana encontrou 40 quilos de cocaína em correio diplomático vindo do Equador. Nesse momento cinco pessoas foram presas, incluindo um cidadão dos EUA. Mery argumenta que esta ocorrência estavam envolvidos também funcionários chilenos, e que ele tem meios para o provar.

O Ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, disse que a mala-correio foi inspecionada por cães policiais antes, no Equador para a Itália e que depois viajou através de um "país terceiro". O jornalista afirma que as drogas foram colocadas dentro da correspondência diplomática equatoriana por pessoas próximas da embaixada chilena em Quito. O saco que continha a droga tinha um carimbo governo chileno é muito difícil de obter.

"Vi esses selos diplomáticos e eram chilenos. O Equador não poderia voltar a examinar o correio, por estar num terceiro país. O plano era que o correio que tinha um rótulo chileno, chegasse a Itália com selos do Equador". “Este foi um cenário criado para prejudicar a imagem do Equador", observou Mery.

No final de Outubro, o ex-embaixador britânico no Uzbequistão, Craig Murray, revelou que a CIA ia destinar mais de 85 milhões de dólares para evitar que Correa  seja reeleito neste mês de Fevereiro. Esse dinheiro seria gasto em campanhas de mídia para difamar o presidente e o seu governo.
O presidente do país latino-americano, por sua vez, tem  reiterado repetidamente que o povo equatoriano deve estar vigilante contra uma possível intervenção da CIA nas eleições presidenciais.


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