sábado, 27 de outubro de 2012
Um orçamento para desgraçar o país
Tal como Octávio Teixeira referiu, há semanas atrás no J. Negócios taxar em 0,8% do património em acções, participações e outros títulos renderia ao Estado 2.800 milhões de euros, tanto quanto o Governo quer espoliar aos rendimentos em IRS.
E nem repitam à exaustão que estas e outras formas de taxar mais o capital afastaria o investimento...Os capitalistas investem com o dinheiro dos bancos e nem está provado que não haja outros recursos a crédito no estrangeiro a não ser junto das instâncias financeiras responsáveis por esta e outras crises, que se mantêm agarradas ao osso para nos chuparem até ao tutano.
Nem venha o governo também dizer que não há outras formas de obter receitas sem o terrorismo social ue enforma a proposta de Orçamento para 2012. E isto nem falando de redução de despesas que podia ser aumentadas, cancelando em nome do interesse do para os contratos de PPPs mas auto-estradas e hospitais.
Ainda ontem na Antena Um, João Ferreira do Amaral, referia que "há margem para se cortar nas despesas que tem menos impacto na actividade económica e para aumentar outras despesas". Ferreira do Amaral pede cortes nos consumos intermédios e uma aposta em despesas que permitam criar emprego, porque o Estado ganha muito por cada pessoa que se empregue.
Mas, apesar do FMI ter confessado que os efeitos do programa de austeridade com Portugal terem implicado uma recessão duas ou três vezes superiores ao previsto, o governo faz um orçamento pautado por um agravamento do IRS tanto maior quanto menor a base tributável, um agravamento do imposto para os recibos verdes com um alargamento ainda da base tributável.
Este orçamento, a ser aprovado, iria provocar a desgraça em 1913! E Nem se diga que sofremos agora para daqui a dois anos retomarmos o crescimento que possa contribuir para pagamentos de empréstimos e respectivos juros, aliviando a carga fiscal e a pressão sobre as prestações sociais...Suprema mentira! A recuperação do nosso e de outros países sujeitos a tais tratamentos ser infelizmente mais longa, talvez em dezenas de anos.
O percurso desta União Europeia, a incrível entrada para o euro, aceitando-o como moeda forte a que nunca poderíamos corresponder, a crescente federalização que, face à derrapagem na Europa, se desenha como um projecto crescentemente antidemocrático e à revelia dos povos, são questões que terão que ser rejeitadas, sob pena da Alemanha nos conduzir para o abismo.
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