A chegada de Hu Jintao a Portugal vai desenvolver as relações entre os dois países, numa perspectiva que, não apenas por razões conjunturais, interessa ao nosso país.
Depois de a UE se ter revelado incapaz para interferir na agiotagem bancária, o BCE continua a financiar os agiotas a juros insignificantes que, depois, são multiplicados entre 4 a 5 vezes quando emprestados a empresas e aos Estados, e não reage perante a desvalorização do dólar anunciadas nos últimos dias para ser desencadeada em 2011 pelos EUA, com prejuízo para as empresas europeias.
É do interesse político e comercial da China comprar a dívida portuguesa associando-lhe a entrada no capital do BCP para melhorar posições em África e cá, na plataforma logística do porto de Sines nas vésperas da duplicação da largura do Canal do Panamá para maior capacidade de atravessamento de navios contentores. A China quer importar vinho português e os acordos que irão ser amanhã assinados poderão ter outros interesses para Portugal, na linha de negócios anteriores com investimentos na China da Cimpor, da farmacêutica Ovione e da Airemármores na exploração do calcáreo.
A China entra em termos significativos na Europa e defende-se da desvalorização futura do dólar, aplicando os dólares que tem.
São os mercados capitalistas a funcionar entre os EUA, a UE e a China, e não é o agitar de alguns velhos temas anti-chineses que os irão deter.
sábado, 6 de novembro de 2010
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