Não é frequente assistir a um espectáculo como este.
Por um lado um grande violinista que, ao contrário de outros que entendem dever acrescentar algo à partitura, deixar-lhe a sua marca, para garantir alguma novidade, procura decifrar as intenções originais do compositor e convencer o público, não endeusando o músico em relação à obra.
Por outro lado por se tratar da interpretação do Integral das Sonatas e Partitas para Violino de Bach (1720) a solo, peças de grande dificuldade técnica que confere ao violino um carácter autónomo sem apoio de outros suportes harmónicos paralelos como o cravo ou as formações de cordas. E que um dos maiores violinistas (talvez Pisendel) terá confidenciado a Bach "nada mais ter houvido de tão adequado para a aprendizagem de um bom violinista; nada de melhor que pudesse aconsaelhar a alguém ansioso poor aprender, que os referidos solos para violino sem baixo".
O grande Auditório da Gulbenkian ontem estava cheio, de pessoas e de entusiasmo
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Foi admirável!
O que seriamos nós sem música????
:))
Alex
Enviar um comentário