Em matéria de crimes de guerra na Líbia, os partidários de Kadhafi têm sido disso acusados. Mas não se encontra referência nos grandes mídia internacionais aos factos que jornalistas e mídia não acarneirados têm revelado quer quanto às consequências dos bombardeamentos da NATO, quer quanto aos massacres cometidos pelas hordas dos chamados "rebeldes", onde se destaca a Al Qaeda e uma certa marginalidade, cujas curtas declarações às cadeias de TV deixam prever actos sanguinários já cometidos e outros em preparação.
As populações essas fugiram ou fecham-se em casa. A guerra civil só é vista de uma das trincheiras. Jornalistas pouco audases entregam-se a sessões de fotografia a eles próprios e a grupos que actuam como comediantes em supostas cenas de guerra. Afastados das cenas de guerra têm estado esses jornalistas.
A NATO os seus apoiantes e os grandes mídia são autênticos criminosos de guerra. A conquista da Líbia e do seu petróleo, o novo surto colonialista na África e Médio Oriente não têm nada a ver com direitos humanos. Países com mais taras dirigentes, como os reinos sauditas, não atraem o "humanismo" dos States.
Não é a defesa do regime de Kadhafi nem do seu programático livro verde que nos move mas sim a perda de referências no que respeita a regras universais de relacionamento entre povos e estados, a passagem da convivência pacífica à agressão permanente.
Lamento que muitos intelectuais estejam remetidos para o tratamento das suas vidinhas , vergados ou cúmplices com os crimes de guerra e de civilização que estão em curso, não apenas na Líbia. Face à barbárie impõe-se não que a intelectualidade alinhe com este ou aquele partido, solução ou modelo mas sim que tenha os olhos abertos, que exerça com a responsabilidade de outros momentos da história uma atitude independente que convide à reflexão e denúncia, bens decisivos para os seus concidadãos.
O seu silêncio é ensurdecedor!
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1 comentário:
Concordo plenamente!
Deixo-lhe "um pouco de barulho" bem a propósito.Espero que goste.
http://youtu.be/lLJW0FrQlAM
Francisca
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