Dez anos passados sobre o 11 de Setembro, a Humanidade com acesso a media viu entrar-lhes em casa a dor de muitos americanos e a versão oficial dos acontecimentos.
No caso da SIC passou ainda um filme sobre o heroísmo de soldados americanos no Iraque.
Sobre estes acontecimentos e suas consequências na última década, remeto os leitores para a posição dos comunistas portugueses que, desde a primeira hora condenaram este ataque.
Não deixo de assinalar, no entanto seis factos:
- Os requintes de barbaridade que estiveram na base dos ataques e o nível de horror que provocaram em todo o mundo ainda mais por terem sido transmitidos em directo;
- As alterações graves para a paz daí decorrentes, com invasões, centenas de milhar de mortos, a que os EUA de forma directa em combate ou indirecta com diversos apoios a esses desenvolvimentos negativos;
- A coincidência destes desenvolvimentos com projectos, hoje públicos, da administração americana para a primeira parte deste século;
- A pilhagem de fontes de energia de muitos países numa lógica neo-colonial e de protectorado;
- O alinhamento de há muito dos serviços secretos norte-americanos com grupos jihadistas e a Al Qaeda, praticamente desde a sua fundação, modelando-lhes a actividade de acordo com as circunstâncias e fazendo desta aliança a principal alavanca do terrorismo internacional;
- A redução significativa ou inversão de regras de convivência internacional e de princípios da vida democrática em cada país.
O imperialismo norte americano, apoiado por algumas potências europeias, coincide com grandes dificuldades para estes países ultrapassarem as suas próprias crises e, talvez não por acaso, arrastando todo o mundo para a contribuição nas despesas inimagináveis com essas guerras, através do aprofundamento da crise e da pioria assinalável das condições de vida dos povos.
O poderio das armas parece invencível. Mas os povos continuam com a sua voz e lutarão.
domingo, 11 de setembro de 2011
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