Nas eleições que se deram no passado dia 25, apesar de não serem legislativas, ficou claro que a actual maioria só a é em S. Bento. De facto não representa já a vontade popular.
A este facto, somam-se decisões governamentais que, sistemàticamente, são inconstitucionais. Prossegue orientações da troika que acarretam mais desemprego, cortes em salários e pensões, aumentos de impostos, falta de investimento interno, crescimento contínuo da dívida, apesar de todos os cortes de despesas sociais e económicas justificadas com a consolidação orçamental. Restringe os rendimentos dos que menos têm e não recorre a cortes na despesa decorrente de PPPs, SWAPs e noutros gastos desadequados. Não aumenta a receita taxando actividades especulativas e as rendas escandalosas de alguns prestadores de serviços públicos. Corta nas funções sociais do Estado, provocando situações graves na Educação pública, no Sistema Nacional da Saúde. Corta nos apoios à Cultura com consequências delicadas na produção e fruição culturais, na actividade de instituições importantes e nas colectividades populares.
Os partidos do "arco da governação" foram castigados aqui e noutros países europeus, onde cresceu também a rejeição das políticas comunitárias e a vontade de recuperar soberanias perdidas. Esta União Europeia está comprometida e não se pode invocar a necessidade de "respeitar compromissos", de facto assumidos nas costas do nosso povo.
A reacção anunciada de Passos Coelho a decisões do Tribunal Constitucional de ontem que, uma vez mais, lhe foram desfavoráveis, deixa antever novas medidas anti-sociais.
Mas a votação de dia 25 foi clara, apesar da desfocagem causada por questões internas do Partido Socialista, que Passos Coelho aproveitou para sair fininho da maior derrota eleitoral da direita no nosso país.
Este governo tem que ser demitido.
LIVRAI-NOS DELES
Há 4 semanas
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